Coordenada pelo juiz Eliezer Fernandes Júnior, a visita buscou avaliar o trabalho da unidade, onde menores infratores cumprem medidas socioeducativas.
O juiz de direito Eliezer Fernandes Júnior, titular do Juizado da Infância e da Juventude Infracional, visitou na manhã desta sexta-feira (24), as unidades masculina e feminina do Centro Socioeducativo Assistente Social Dagmar Feitosa, que funciona na rua Vivaldo Lima, bairro Alvorada, zona Oeste. Também participaram da visita técnica o inspetor-geral do Juizado, Élcio Simões e a assistente social Ester Valois.
Com capacidade para atender 62 adolescentes, o Centro Socioeducativo Dagmar Feitosa acolhe atualmente 56 adolescentes do sexo masculino, com idades de 16 a 18 anos e, excepcionalmente, 21 anos, os quais cumprem medidas socioeducativas em regime de internação.
“Foi uma visita para acompanhar o trabalho que é feito nos locais que recebem os menores infratores. Aqui, percebemos uma boa organização, com documentação detalhada, de onde são os internos. Tivemos uma boa impressão, inclusive, do trabalho feito por um professor de teatro que atua voluntariamente com os internos”, afirmou o juiz Eliezer Fernandes Júnior que, além dos administradores da unidade, também conversou com os internos.
No centro há atendimentos psicológicos, de serviço social, cuidados de enfermagem, médico e odontológico. Além disso, são desenvolvidas atividades de escolarização, profissionalização, práticas desportivas, culturais, de lazer e espiritualidade.
Os internos podem, por exemplo, participar de cursos de artesanato, como é o caso de “João” – nome fictício –, que cumpre medida socioeducativa por homicídio. Segundo ele, o artesanato com papel e cola tem ajudado na sua ressocialização. “Vou sair daqui com outra mentalidade. Tenho um filho e mulher para sustentar. Passo boa parte do meu tempo fazendo alguma atividade”, disse o interno.
O professor de teatro Grayff Araújo faz um trabalho voluntário na instituição. As peças escritas por ele são no sentido de orientar sobre as dificuldades que os internos vão enfrentar quando atingir a maioridade ou cumprir a medida socioeducativa aplicada pela Justiça. “Com certeza quando eles saírem daqui vão procurar um trabalho, mas isso é muito difícil. Então, com o teatro nós buscamos prepará-los um pouco para enfrentar essas dificuldades”, disse o professor.
O diretor da unidade, Antônio Maciel de Lima, afirma que o trabalho para a ressocialização dos internos é intenso, por isso há várias atividades, no sentido de ocupar o tempo deles. “Trabalhamos com adolescentes que já foram sentenciados. O trabalho executado tem um viés pedagógico onde trabalhamos para que o apenado faça uma reflexão do que o trouxe aqui”, disse o diretor.
Dos 56 internos do Dagmar Feitosa, 19 cometeram crimes de roubo. Os crimes de homicídio e tentativa de homicídio estão em segundo lugar na estatística do centro. O juiz Eliezer Fernandes Júnior disse que nos próximos dias vai visitar o Centro Socioeducativo Senador Raimundo Parente, localizado na Cidade Nova II.
Carlos de Souza
Fotos: Chico Batata
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