Juiz de Caapiranga determina transferência de presos do município após carceragem local ser depredada por populares, na quarta-feira

Dois suspeitos de envolvimento no desaparecimento de um homem – alvos da tentativa de linchamento pela população – foram removidos para Manaus. Os outros presos, para Manacapuru.


26801599777_fdb6f24692_zO juiz Geildson de Souza Lima, que responde pela Vara Única da Comarca de Caapiranga, determinou a transferência dos presos do município para a unidade prisional de Manacapuru. A decisão decorreu do tumulto ocorrido em Caapiranga na tarde de quarta-feira (22), quando populares tentaram invadir a delegacia da cidade após a notícia da prisão de dois suspeitos de envolvimento no desaparecimento de um homem, ocorrido na segunda-feira (20). Na confusão desta quarta, a área de carceragem da delegacia foi depredada, 43313219365_148b09d7ce_z_copyhouve vários feridos e uma pessoa morreu. Presos temporariamente, os dois suspeitos alvo da tentativa de linchamento por populares, foram transferidos para Manaus.

“Pedimos que a população tenha confiança nas instituições. Tudo está sendo apurado, não haverá impunidade, e quem tiver de ser punido será, com o devido julgamento. A decretação da prisão temporária dos suspeitos permitirá à autoridade policial aprofundar as investigações, instruir o processo de forma mais completa e dar uma resposta à sociedade”, afirmou o juiz Geildson sobre os acontecimentos da quarta-feira. Ele acrescentou que as diligências investigatórias sobre o desaparecimento do homem estão transcorrendo, com o devido apoio do Judiciário no que lhe cabe e que o Ministério Público também está atuando no caso.

O juiz Geildson destacou o caráter pacífico da população de Caapiranga e disse que as pessoas não devem buscar fazer justiça com as próprias mãos. “Isso não condiz com o Estado de Direito, com a democracia, e com a natureza da população do município, uma comunidade calma”, afirmou o magistrado.

Na manhã desta quinta-feira, o juiz Geildson reuniu-se com o presidente do TJAM, desembargador Yedo Simões, para relatar as medidas adotadas diante dos últimos acontecimentos em Caapiranga e de que forma o Judiciário está atuando, em conjunto com as forças de segurança e o Ministério Público, no sentido de garantir a normalidade na Comarca. Da rápida reunião também participaram o vice-presidente do TJAM, desembargador Wellington Araújo, o comandante-geral da PM, coronel David Brandão, e o chefe da Assistência Militar do TJAM, Francisco Moisés de Souza Olímpio.

No momento da confusão no município, o magistrado encontrava-se reforçando as atividades da 2ª Vara de Manacapuru, convocado para atuar nas audiências concentradas da campanha Justiça pela Paz em Casa, que está acontecendo em todo o País e tem a finalidade de agilizar o andamento de processos relacionados a casos de violência doméstica e familiar contra a mulher.  Ao ser informado dos acontecimentos em Caapiranga, ele gravou uma mensagem para ser postada nos grupos de WhatsApp que têm a participação dos moradores, pedindo calma à população.

 

Terezinha Torres

Foto: Raphael Alves

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