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TJAM entrega “Prêmio Mãos que Amparam” a personalidades com atuação na defesa e proteção de mulheres vítimas de violência

Lançado em 2024, o Prêmio chega à segunda edição e teve entre os 40 homenageados.


 

Maos que amparam 1Maos que amparam 2Maos que ampoaram 3Maos que amparam 4Maos que amparam 5Maos que amparam 6Maos que amparam 7Maos que amparam 8Maos que amparam 9O Tribunal de Justiça do Amazonas, por meio da Coordenadoria Estadual das Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cevid/TJAM), realizou na quarta-feira (17/12) a cerimônia de entrega do “Prêmio Mãos que Amparam”, que reconhece o trabalho de pessoas e instituições que contribuíram para o aprimoramento da prestação jurisdicional; incentivo à criação de mecanismos de proteção acessíveis e eficazes, bem boas práticas voltadas à prevenção de crimes relacionados à Lei Maria da Penha, e à promoção da conscientização social e institucional sobre a importância do combate à violência doméstica.

A solenidade de premiação aconteceu no auditório do Centro Administrativo Des. José de Jesus F. Lopes, prédio Anexo à Sede do TJAM, no Aleixo, e contou com a participação do do presidente do Tribunal, desembargador Jomar Fernandes, da coordenadora da Cevid/TJAM, desembargadora Maria das Graças Figueiredo, e do ministro do Superior Tribunal de Justiça e corregedor nacional de Justiça, Mauro Campbell Marques, um dos homenageados deste ano.

Ao discursar na cerimônia, o ministro Mauro Campbell saudou a desembargadora Graça, lembrando de grandes nomes femininos do Judiciário amazonense, com as desembargadoras Nayde Vasconcelos, Marinildes Costeira Mendonça Lima e de Eliana Berenice Pereira Mendonça de Souza. "Neste momento, em nossa Manaus, capital de um estado de dimensão continental, com grande diversidade cultural e também de desafios logísticos marcantes, reafirmamos nosso compromisso com o enfrentamento à violência de gênero, inclusive naqueles territórios onde o Estado ainda é ausente”, destacou o corregedor nacional de Justiça.

Para Campbell, enfrentar a violência de gênero é tarefa de um Estado Democrático de Direito efetivamente comprometido com a transformação social.

“Que este reconhecimento solene se converta em continuidade, em políticas públicas permanentes de Estado — e não de governos — em estruturas acolhedoras e informação constante para todas as pessoas que integram o sistema de justiça nacional. Que sigamos com mãos que 'escutam', que protegem e que transformam. (...) Precisamos gritar aos quatro cantos do mundo que somos efetivamente iguais: homens e mulheres".

A desembargadora Maria das Graças destacou que o prêmio nasceu do reconhecimento de que a Justiça precisa ser acolhedora.

"As mãos que amparam refletem o que somos enquanto sociedade. São mãos que se estendem quando a dor parece insuportável, que acolhem quando o medo silencia, que sustentam quando a esperança parece distante", afirmou a magistrada.

Para a coordenadora da Cevid/TJAM, o prêmio lembra a todos que a verdadeira Justiça se constrói também com gestos simples, com mãos que se estendem e com corações dispostos a cuidar. "Que possamos, como instituições e como sociedade, unir nossas mãos para superar a violência doméstica e familiar, proteger nossas mulheres e nossas crianças, e construir um futuro mais digno, mais justo e mais humano. Que este momento renove em todos nós o compromisso com a vida, com a dignidade e com o amor que transforma”, disse Graça Figueiredo.

Ao frisar que o enfrentamento à violência não é uma tarefa solitária, citou os diversos setores da rede de proteção, desde servidores do Judiciário até as forças de segurança. A magistrada citou o apoio decisivo do ministro Mauro Campbell Marques, Corregedor Nacional de Justiça, e do Desembargador Jomar Ricardo Saunders Fernandes, Presidente do TJAM, nas ações desenvolvidas pelo Judiciário visando ao enfrentamento da violência doméstica e familiar contra a mulher.

A força da rede de proteção

A coordenadora da Cevid/TJAM dirigiu, ainda, palavras de reconhecimento especial a cada grupo que integra a rede de proteção às mulheres, e destacou magistrados (as), bem como os servidores (as) dos Juizados Maria da Penha, que funcionam como a "porta de entrada da Justiça para quem chega fragilizada pela dor".

Ao se referir ao Ministério Público e à Defensoria Pública, Graça Figueiredo afirmou que são reconhecidos por garantir que a violência não seja invisibilizada e por oferecer voz às mulheres em situação de vulnerabilidade. Citou gratidão especial à Ronda Maria da Penha (PMAM) e à Polícia Civil pelo trabalho na linha de frente e na investigação qualificada e a imprensa foi lembrada por seu papel ético em romper o silêncio, enquanto instituições de acolhimento foram elogiadas por traduzirem o "verdadeiro amor ao próximo".

Homenageados

A solenidade contou com pronunciamentos de autoridades que reiteraram a necessidade de uma mudança cultural e estrutural na sociedade, como a jornalista e escritora Mazé Mourão, que falou em nome dos agraciados.

"Este prêmio não pertence apenas a nós, mas a todas as mulheres, crianças e famílias que tiveram suas vidas marcadas pela violência e que nos motivam todos os dias a seguir lutando por justiça, proteção e dignidade", enfatizou a jornalista.

A procuradora-geral do Ministério Público, Leda Mara Albuquerque, lembrou que a raiz do problema da violência contra a mulher é uma sociedade machista, misógina e patriarcal. "Enquanto não vencermos comportamentos que remetem a esse olhar de que a mulher é um ser inferior ao homem, não superaremos a violência de gênero", afirmou.

A presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE/AM), desembargadora Carla Reis, falou sobre a necessidade de igualdade. "Não há democracia plena enquanto mulheres vivem sob a ameaça da violência. Absolutamente não há cidadania efetiva quando o medo silencia vozes femininas". A magistrada citou trecho da obra “Conselhos para uma mulher forte”, da poetisa Gioconda Belli, que encoraja a mulher a pensar em si antes de qualquer coisa: “Ampara, mas te ampara primeiro. Guarda as distâncias, te constrói, te cuida, entesoura teu poder, o defenda, o faça por você, te peço em nome de todas nós".

O representante do governo do Amazonas, Flávio Anthony, chefe da Casa Civil, também foi homenageado. "Eventos como este traduzem de forma concreta o compromisso do Tribunal de Justiça com a dignidade humana. O TJAM reafirma seu papel como instituição que não apenas julga, mas também inspira e humaniza", disse ele.

O evento encerrou-se com um chamado à união de mãos para a construção de um futuro onde mulheres e crianças possam viver com dignidade, respeito e autonomia.

Saiba mais

O “Prêmio Mãos que Amparam” foi instituído pela Resolução n.º 36, de 24 de setembro de 2024 e visa a reconhecer projetos, programas e iniciativas que contribuem para a proteção das mulheres vítimas de violência doméstica e familiar. Idealizadora pela desembargadora Maria das Graças Pessôa Figueiredo, ouvidora da Mulher e coordenadora da Cevid/TJAM, a iniciativa do TJAM é inspirado em premiação criada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e que leva o nome de Viviane Vieira do Amaral, juíza do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro que foi vítima de feminicídio praticado por seu ex-marido na véspera de Natal de 2020 na frente dos três filhos do casal.

Pelo TJAM, também participaram da solenidade, o vice-presidente do Tribunal, desembargador Airton Luís Corrêa Gentil; os desembargadores Cláudio Cesar Ramalheira Roessing; Nélia Caminha Jorge; Délcio Luis Santos; Vânia Marques Marinho; Abraham Peixoto Campos Filho; Onilza Abreu Gerth; Cezar Luiz Bandiera; Luiza Cristina Nascimento da Costa Marques; Ida Maria Costa de Andrade; Lia Maria Guedes de Freitas e a juíza convocada Ana Maria de Oliveira Diógenes.

 

 

#PraTodosVerem: a imagem principal que ilustra o texto mostra o ministro Mauro Campbell Marques (ao centro) no momento em que recebeu a homenagem. Ele está ladeado pela desembargadora Graça Figueiredo (à esquerda, de vestido rosa) e pelo desembargador Jomar Fernandes (à direita, de terno azul xadrez). Atrás deles é possível ver algumas autoridades que integraram a mesa de honra do evento.

 

 

Confira a lista de homenageados:

https://www.tjam.jus.br/index.php/menu/sala-de-imprensa/16006-premio-maos-que-amparam-tjam-homenageara-40-personalidades-por-atuacao-na-defesa-e-protecao-de-mulheres-vitimas-de-violencia

 

 

 

Sandra Bezerra
Fotos: Chico Batata

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL - TJAM

E-mailEste endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

(92) 99316-0660 | 2129-6771

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