O desenvolvimento do “Archeion” consumiu mais de um ano em pesquisas, testes e aprimoramentos, liderados pela Diretoria de Inteligência Artificial do TJAM.
A Diretoria de Inteligência Artificial do Tribunal de Justiça do Amazonas (DVIACD/TJAM), no âmbito da Comissão de Gestão da Tecnologia da Informação e Comunicação (CGTIC/TJAM), presidida pela desembargadora Vânia Marinho, anunciou o desenvolvimento e a implementação do “Archeion”, um inovador banco eletrônico de documentos processuais. A iniciativa é um marco fundamental para as aplicações de inteligência artificial do Tribunal, servindo como a base de dados central para todas as ferramentas de IA, incluindo o “Arandu GPT”, a primeira ferramenta de IA criada pela área de Tecnologia e pelo Núcleo de Inteligência do TJAM.
O “Archeion” é um Data Mart (armazém de dados) que extrai, converte e armazena todos os documentos processuais do Sistema Projudi – como petições iniciais, sentenças e outras peças processuais – para um formato de texto legível por inteligência artificial. Esse processo garante que a IA possa interpretar e utilizar eficazmente as informações contidas nesses documentos.
Atualmente, o “Archeion” já conta com uma base de aproximadamente 51 milhões de documentos processuais extraídos e armazenados.
Importância e Benefícios
Rhedson Esashika, diretor da Diretoria de Inteligência Artificial do TJAM, e João Alexandre Mello, analista de sistemas da mesma diretoria, ressaltam a importância estratégica do “Archeion”.
“Em relação à qualidade de dados, todos os documentos incluídos no ‘Archeion’ passam por um pré-processamento rigoroso para remover ruídos e garantir a qualidade e confiabilidade das informações. Isso é crucial para o treinamento de modelos de IA e para situações que envolvem a comparação de processos judiciais”, destaca Rhedson Esashika.
Ele salienta que, sobre a confiabilidade da IA, ao fornecer documentos pré-processados e de alta qualidade, o “Archeion” assegura que as respostas e análises geradas pelas aplicações de IA, como “o Arandu GPT”, sejam precisas e confiáveis.
“O ‘Archeion’ simplifica o trabalho com inteligência artificial, uma vez que a extração e organização dos documentos são feitas de forma centralizada e otimizada, reduzindo significativamente o esforço manual que seria necessário”, ressalta o diretor de IA do TJAM.
Base para Inovação
Sem o “Archeion”, explica o analista João Alexandre Mello, o desenvolvimento de modelos de inteligência artificial de qualidade seria muito mais complexo e demorado.
“Ele é a peça central que permite ao TJAM produzir e aprimorar suas ferramentas de IA, desde a geração de documentos até a resposta a perguntas complexas baseadas em processos”, frisa João Alexandre.
Conforme o analista de sistemas, em suma, o “Archeion” é a espinha dorsal da estratégia de inteligência artificial do Tribunal de Justiça do Amazonas, garantindo que o Poder Judiciário possa alavancar a tecnologia para maior eficiência, precisão e confiabilidade em suas operações.
A “Arandu”
Primeira ferramenta de Inteligência Artificial criada pela área de Tecnologia e do Núcleo de Inteligência do TJAM, a “Arandu” identifica similaridades nos processos, as quais possam sugerir tratar-se de demandas repetitivas e, desde que foi lançada, no início de 2024, já vinha sendo utilizada, também, para identificação das chamadas litigâncias abusivas (anteriormente chamadas de “demandas predatórias”), em apoio ao trabalho desenvolvido pelo Núcleo de Monitoramento do Perfil de Demandas (Numopede).
Anteriormente, quando do seu lançamento, a IA “Arandu” só exibia a listagem dos processos e isso fazia com que o usuário tivesse que interagir com outro processo para fazer essa avaliação. Hoje, essa avaliação já é feita e é exibida para ele no momento em que ele interage com o processo semelhante que é exibido na tela. Isso facilita e agiliza para o usuário, porque ele não precisa abrir um outro processo para verificar o que, de fato, é interessante para ele fazer a comparação. Por exemplo: as partes, o polo ativo e o polo passivo, a classe processual, o assunto processual e o status daquele processo.
Em tupi, “Arandu” significa entendimento, conhecimento, sabedoria. A ferramenta atua informando a similaridade entre as petições distribuídas nos sistemas e-SAJ e Projudi, com as aprendidas pela Inteligência Artificial. Os benefícios principais do uso, são: a automatização do processo de comparação de processos, liberando tempo dos juízes e servidores para outras tarefas, e a redução de custos com recursos humanos e tempo de tramitação processual.
#PraTodosVerem: A imagem é uma ilustração digital que representa o conceito de armazenamento e transferência de dados para a nuvem (cloud computing). Elementos visuais: À esquerda, há um ícone grande em forma de nuvem tridimensional azul clara, com a palavra “STORAGE” (armazenamento) escrita abaixo. Ao redor da nuvem, há um círculo de informações digitais, com ícones menores que representam e-mail, pastas, engrenagens, e outras funções tecnológicas, sugerindo interconexões digitais. No centro da imagem, uma pasta amarela está aberta, e de dentro dela documentos voam em direção a um notebook, que está à direita. O notebook moderno tem tela azul e está recebendo os documentos digitais, que estão no ar como se fossem digitalizações ou arquivos sendo enviados eletronicamente. Ao fundo, há um ambiente digital com gradientes em tons de azul escuro, reforçando o tema tecnológico.
Paulo André Nunes
Ilustração: Banco de Imagens
Revisão Textual: Joyce Desideri Tino
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL / TJAM
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