Objetivo do curso é contribuir com a ressocialização de pessoas que estão em liberdade provisória.
O Projeto Reeducar, do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), está realizando em parceira com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) um curso de atendente de lanchonete, oferecido aos jovens em situação de liberdade provisória do Projeto Reeducar. A formação, que teve início no último dia 17 e está acontecendo no Fórum Ministro Henoch Reis, no bairro de São Francisco, será concluída nesta
sexta-feira (28).
“Neste curso estamos falando um pouco das técnicas utilizadas pelos atendentes de lanchonetes, dando ênfase aos lanches rápidos, como misto quente, sanduíches de baguetes italianos e vamos trabalhar, também, com hambúrguer caseiro, que é a tendência do momento. Procuramos trabalhar com o material que se tem em casa para se ter um lanche mais saudável e mais barato”, disse Jéssica Correa, nutricionista do Senac que está ministrando as aulas.
O jovem Robson Negreiros, que passou pelo sistema prisional, disse que esta é uma oportunidade para ser reinserido na sociedade. Para ele, o curso pode ser uma chance de conseguir um trabalho, pois ele se identifica com a profissão. “Está sendo muito importante para mim nesse momento. Uma oportunidade para aprender. Quando for trabalhar, já vou sabendo alguma coisa. Todo dia é um aprendizado novo. Estamos no caminho certo”, disse Robson.
Para a psicóloga do Projeto Reeducar, Nádia Pinheiro Teles, apoiar os cursos realizados em parceria com o Senac é apoiar a esperança e a construção de um novo caminhar. “Essas aulas para atendente de lanchonete são oferecidas aos jovens em situação de liberdade provisória do Projeto Reeducar/TJAM. É o caminho para o sucesso da ressocialização, sendo uma oportunidade de qualificação profissional. Contamos esta importante parceria do Senac para o resultado da inclusão social e empregabilidade”, disse a psicóloga.
A juíza titular da 11ª Vara Criminal da Comarca de Manaus e coordenadora do Projeto Reeducar, Eulinete Tribuzzy, disse que está muito feliz com a continuidade do projeto e, a realização de cursos para reeducandos é uma forma reintegrá-los à sociedade, sendo uma oportunidade para que os participantes não voltem a reincidir na prática de delitos.
“É um trabalho social que tem parceria com vários órgãos, como é o caso do Senac, que oferta cursos profissionalizantes. O Reeducar trabalha com a missão de resgatar essas pessoas e inserir no mercado de trabalho. Fazemos palestras duas vezes ao mês e procuramos, com nossos parceiros, dar uma qualificação para que os reeducandos possam chegar ao mercado de trabalho”, disse a juíza.
Serviços
Além das palestras, os reeducandos são encaminhados aos órgãos conveniados para emissão de Carteira de Identidade, Carteira de Trabalho, Título de Eleitor, cadastro para emprego, encaminhamento para educação de jovens e adultos, e encaminhamentos para Cetam, Senai, Senac, Sesc e Semtrab. Os atendimentos são extensivos aos familiares.
Sobre o Projeto
Desenvolvido pelo Tribunal de Justiça do Amazonas desde 2009, o Reeducar foi idealizado pela juíza Eulinete Tribuzzy. Desde então, mais de 11 mil pessoas passaram pelas palestras do projeto, que conta com a parceria direta de instituições e entidades como a Defensoria Pública do Estado, Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil, dentre outras. O objetivo do projeto é desenvolver ações de responsabilidade social, fora do ambiente carcerário, para promover apoio sociopsicopedagógico às pessoas beneficiadas com a liberdade provisória, sob o foco dos princípios constitucionais.
Carlos de Souza
Fotos: Chico Batata
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