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Transição de gestão deve ocorrer com transparência de informações

O Colegiado do TJAM tornou-se ordem definitiva a ser cumprida em município do interior.


Foto mostra o desembargador João Simões falando ao microfoneA transparência de informações e documentos na transição de gestão municipal foi tema analisado pelas Câmaras Reunidas do Tribunal de Justiça do Amazonas na sessão de quarta-feira (22/10), no mandado de segurança n.º 4014524-09.2024.8.04.0000, de relatoria do desembargador João Simões.

O colegiado concedeu segurança ao impetante, prefeito eleito do Município de Borba, em 2024, confirmando liminar que havia sido ferido em dezembro do ano passado determinando ao ex-gestor e ao Município que entregassem em 24 horas os documentos previstos no artigo 2º da resolução n.º 11/2016-TCE/AM, sob pena de multa.

“O acesso a informações de interesse coletivo, como bem assinalado pelo Graduado Órgão Ministerial, não é um favor, mas uma obrigação indeclinável, corolário do direito fundamental previsto no art. 5º, XXXIII, da Constituição Federal”, afirmou o desembargador em seu voto.

O magistrado também comentou que o MP destacou, em seu parecer, que o direito líquido e certo do impetrante encontra-se inequivocamente demonstrado pela prova pré-constituída, que evidencia a interferência deliberada ao acesso a informações públicas, em flagrante desrespeito à resolução n.º 11/2016-TCE/AM, à Lei de Acesso à Informação e princípios aos constitucionais de publicidade, transparência e continuidade administrativa, essenciais ao Estado Democrático de Direito.

O colegiado tornou-se definitivo a ordem, considerando o descumprimento da liminar mesmo após a notificação judicial, para que fosse aplicado o princípio da transparência na administração pública na transição de gestão para o período 2025-2028.

“A alternância de poder é um pilar da democracia, e ela não se aperfeiçoa apenas com o resultado das urnas, mas com a garantia de uma transição ordenada que assegure a continuidade do serviço público. A omissão combatida neste writ constitui um ato de deslealdade não apenas para com o sucessor, mas para com a instituição municipal e os cidadãos de Borba”, destacou o desembargador João Simões. 

A decisão também confirmou a multa diária de R$ 1 mil, a contar do prazo do prazo de 24 horas estabelecido na decisão liminar até o cumprimento efetivo desta ordem, cujos valores deverão ser apurados na fase de liquidação.

Sessão

https://www.youtube.com/watch?v=EZRGE3gcf-E

 

#PraTodosVerem: Imagem que ilustra a matéria traz a foto do desembargador João Simões durante sessão das Câmaras Reunidas do TJAM. O magistrado aparece vestindo toga preta com cordões pendendo da gola, e usa camisa azul clara e gravata com perspontos azuis, além de óculos com armação preta, e está falando ao microfone.   

 

Texto: Patricia Ruon Stachon

Foto: Chico Batata-18/03/2025

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