No debate sobre a realidade ambiental do Rio Grande do Sul, durante a Conferência Estadual do Meio Ambiente, um dos destaques foi a mata atlântica. "É das maiores riquezas que temos. Esse ecossistema é um dos mais ricos no estado. E ele tem os maiores problemas. As ameaças são maiores, por isso a necessidade de termos políticas de preservação", afirmou a gerente estadual do Instituto Brasileiro dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Cecília Hipólito.
Outras prioridades, segundo ela, são a preservação da zona costeira do estado, do "maior complexo lagoas da América Latina, com a riqueza de recursos pesqueiros, tanto em quantidade, espécies, quanto em diversidade, na nossa costa marinha" e do bioma pampa. Segundo ela, é um bioma característico do sul da América do Sul, presente só no Rio Grande do Sul – no caso do Brasil. "Representa apenas 2% do território nacional, mas, no estado, representa 60% do território, por isso, ele precisa receber destaque nas políticas públicas de proteção."
Para a gerente do Ibama, a 1ª Conferência Nacional do Meio Ambiente teve o mérito de iniciar o processo de diálogo com a sociedade e fazer um diagnóstico do Brasil sobre o tema ambiental. "Que o Norte pense o Sul, que o Sul pense o Nordeste, que a gente compreenda que o tema ambiental para o Brasil é estratégico e que nós não podemos pensar em desenvolvimento sem pensar também na melhora da qualidade do nosso planeta e, portanto, da qualidade ambiental no Brasil", afirmou. "E ela pautou a importância da construção do Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama), considerando a sociedade e todos os gestores, que também são os responsáveis por construir esse sistema."