Os produtos produzidos pelos presos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (COMPAJ) beneficiados pelo programa Começar de Novo ficaram expostos e à venda no hall do Fórum Henoch Reis até esta quarta-feira (7 de dezembro). As obras de artesanato vão de garrafas de Natal a brinquedos, porta-retratos e outras peças. A diversidade pode ser conferida entre 8h e 15h, horário do expediente do Poder Judiciário. O valor das vendas será revertida para a compra de outros produtos para dar continuidade ao programa. O restante do valor é repartido e colocado em uma poupança para as pessoas alvo do programa.Os artesãos – 20 homens e 20 mulheres do regime fechado do COMPAJ – participaram dos cursos oferecidos pelo Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
Mais artesanato
No último dia 6, os beneficiados pelo programa começaram a trabalhar em 500 pares de sandálias doados pela Grendene em parceria com o Carrefour. Esse material será vendido em fevereiro de 2012, segundo informações do assistente social do programa Começar de Novo, Jaime Pires.
O Começar de Novo visa à sensibilização de órgãos públicos e da sociedade civil para que forneçam postos de trabalho e cursos de capacitação profissional para presos e egressos do sistema carcerário. O objetivo do programa é promover a cidadania e consequentemente reduzir a reincidência de crimes, após o cumprimento de penas.
Na FIAM 2011
Antes de serem expostos no Fórum Henoch Reis, os produtos produzidos pelo público alvo do programa Começar de Novo, foram expostos na Feira Internacional da Amazônia (FIAM), que ocorreu de 26 a 29 de outubro, no Studio 5 Centro de Convenções, em Manaus.
A divulgação dos produtos surgiu de uma parceria entre o programa Começar de Novo e a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa). O programa Começar de Novo teve um estande no espaço “Pavilhão Amazônia”, montado em uma tenda na área externa do Studio 5, dentre os 120 expositores reunidos para a apresentação e livre comercialização de seus produtos e serviços, com acesso gratuito e aberto para o público em geral. O estande do projeto ficou no “Espaço da Cidadania”, dentro dos 1 mil m² disponibilizados para que micro e pequenos empresários e artesãos pudessem, também, participar da maior vitrine de negócios da Amazônia Brasileira.
O estande do Começar de Novo distribuiu informativos e apresentou os trabalhos de artesanato realizados pelo público alvo do programa, como os de aproveitamento de garrafas e de outros materiais recicláveis.
Durante os dias de realização da feira, milhares de pessoas, dentre empresários, jornalistas e público em geral visitaram o estande do Começar de Novo. Na avaliação da juíza coordenadora do programa, Telma Roessing, a grande circulação de público cumpriu o objetivo do estande: permitir que o projeto fosse mais conhecido pela sociedade. “Como o programa Começar de Novo conta com a importante parceria da Suframa, nos foi cedido este espaço para divulgarmos o projeto. Acredito que conseguimos atingir nossos objetivos e esperamos captar novos parceiros”, avaliou a juíza.
Além da coordenadora do programa, o desembargador Sabino Marques, coordenador do Grupo de Monitoramento Carcerário do TJAM; a juíza Anagali Bertazzo, também do subgrupo que coordena o Começar de Novo; e uma equipe permanente para atender o público passaram pelo local.
A parceria entre Suframa e Começar de Novo, começou a render frutos no dia 25 de março deste ano, quando o programa foi apresentado às indústrias do Pólo Industrial de Manaus (PIM), em reunião realizada no auditório Floriano Pacheco, na sede da autarquia, na Rua Ministro Mário Andreazza, nº 1424, Distrito Industrial (zona Sul). A reunião, fruto da iniciativa da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), visa a disponibilização de mais vagas de trabalho ao público alvo do projeto e a implantação de unidades produtivas das empresas do PIM nas unidades carcerárias do Estado. Na ocasião, foi detalhado o surgimento da ideia a partir da constatação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) do alto índice de reincidência da população carcerária no País.



























