Cerca de 6 mil jovens já foram beneficiados com o programa em cinco anos
Em parceria com a Defensoria Pública do Estado, o Tribunal de Justiça do Amazonas realizou, na manhã desta segunda-feira (9), a abertura anual do Programa Reeducar. Criado em 2009, o projeto desenvolvido com parceiros na sociedade civil mobiliza profissionais como defensores públicos, juízes, assistentes sociais, psicólogos e voluntários para promover a reinserção social de jovens que passaram pelo sistema prisional.
Cerca de 6 mil jovens já foram beneficiados com o programa em cinco anos. Somente em 2014, o projeto realizou 2162 atendimentos incluindo orientações, palestras e cursos profissionalizantes, que contribuem para formação pessoal e reintegração dessas pessoas no mercado de trabalho e à sociedade.
Participaram da solenidade no Fórum Henoch Reis, em Manaus, o desembargador Sabino Marques, presidente do Grupo de Monitoramento Carcerário, a juíza de Direito, Eulinete Tribuzy, coordenadora do Reeducar, o defensor público Miguel Tinoco, entre outras autoridades.
"O Monitoramento Carcerário abriga os subgrupos Começar de Novo, o Reeducar e o Crack nem Pensar, além do Núcleo de Advocacia Voluntária. Os resultados têm sido satisfatórios. Buscamos dar encaminhamento, cursos profissionalizantes, tudo que possa vir a substituir a alegação de que não há oportunidades. Estamos reabrindo mais uma etapa, esperando que o decorrer de 2015 seja tão produtivo quanto os demais anos", afirmou o desembargador Sabino Marques.
Para a juíza Eulinete Tribuzy, a diminuição da reincidência tem obtido êxito. "Estamos colaborando com a diminuição da criminalidade. A intenção é expandir o projeto para o interior do Amazonas. Temos parceria com Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), Setrab (Secretaria de Estado do Trabalho), Sine (Sistema Nacional de Emprego), Narcóticos Anônimos, e o Cetam (Centro de Educação Tecnológica do Amazonas), entre outros parceiros", enumerou a magistrada.
Já o defensor público Miguel Tinoco ressaltou que a ideia do projeto é reduzir o retorno ao cárcere. "Tentamos mostrar a esses jovens que obtiveram algum benefício legal que eles observem os compromissos que eles assumiram para obter essa liberdade. O Reeducar estende o braço a essa população. São muitos parceiros que oferecem cursos profissionalizantes para que eles possam ter aquilo que é considerado o direito básico fundamental, o direito ao emprego", analisou o defensor.
Um dos beneficiados pelo Programa Reeducar, Mauro Sérgio, de 29 anos, fez cursos de técnica de refrigeração e também trabalha como empilhador. "Meu advogado me indicou o projeto. No início, não dei muita confiança. Mas depois comecei a participar dos cursos e hoje vejo o que eu me tornei, sem olhar para o passado. O projeto colocou o "querer" dentro de mim. Passei por muitas dificuldades, mas eu consegui", comemorou.
O cadastro dos assistidos pode ser feito no Departamento de Assistência Social da Defensoria Pública localizada a Rua 24 de Maio, 321, Centro de Manaus.
Texto: Rafael Valentim | TJAM
Foto: Raphael Alves | TJAM
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