Seminário internacional “Justiça Climática e Direitos Humanos: perspectivas global, regional e local” trouxe alerta para a Amazônia

Enfam, Esmam e Esmaf promoveram evento que contou com a participação de especialistas sobre o tema.


esmamclima1

esmamclima2

esmamclima3

“É bastante paradoxal que justamente aqui, em meio à maior floresta tropical do mundo, o ar seja irrespirável”. O comentário em tom de alerta partiu do secretário de Estratégia e Projetos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), juiz federal Frederico Montedonio Rego, durante o seminário internacional “Justiça Climática e Direitos Humanos: perspectivas global, regional e local”, realizado na última semana pela Escola Nacional de Formação de Magistrados (Enfam), em parceria com a Escola Superior da Magistratura do Amazonas (Esmam) e a Escola da Magistratura Federal da 1ª Região (Esmaf). O evento foi realizado no auditório do Centro Administrativo Desembargador José de Jesus Ferreira Lopes, localizado no anexo da sede do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM).

O seminário trouxe discussões e debates acerca dos direitos humanos e justiça climática a partir da ótica multinível e dialógica, envolvendo as arenas global, regional e local, com destaque ao papel do Poder Judiciário na governança climática, cujo teor tem sido recorrente nas cortes brasileiras e de todo o mundo e surgiu em decorrência das preocupações diante do impacto das mudanças climáticas. Isto porque, quando as políticas públicas destinadas à proteção preventiva do clima e do meio ambiente são insuficientes ou falham, o sistema de justiça é acionado.

Os painéis, durante o seminário, abordaram: “O Constitucionalismo Regional Transformador”; “Direitos Humanos e Justiça Climática”; “Justiça Climática e Sistemas de Justiça: diálogos entre os sistemas regionais europeu, interamericano e o STF”; “Juízes da Amazônia na tutela ambiental: experiências nacionais e Papel do Judiciário na Governança Climática”.

“É a minha primeira vez em Manaus e só lamento ter vindo em um momento particularmente dramático em que há uma baixa histórica no nível do rio e com problemas na qualidade do ar. Acho que esses fatores apenas tornam evidente o quanto é pertinente esse seminário internacional. (...) E somadas a essas graves situações, incêndios florestais estão destruindo a floresta tropical em diversas áreas do Amazonas, afetando a saúde dos moradores da região. E é bastante paradoxal que justamente aqui em meio à maior floresta tropical do mundo o ar seja irrespirável”, declarou o juiz federal Frederico Montedonio Rego.

 O evento contou com a participação dos seguintes especialistas: Armin Von Bogdandy, diretor do Max-Planck-Institute for Comparative Public Law and International Law em Heidelberg e professor de Direito Público na Universidade de Frankfurt/Main; Mariela Morales Antoniazzi, pesquisadora sênior no Max-Planck-Institute for Comparative Public Law and International Law em Heidelberg; Flávia Piovesan, professora doutora em Direito Constitucional e Direitos Humanos da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e de Direitos Humanos dos Programas de Pós-Graduação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC); Christina Binder, professora de Direito Internacional e Proteção Internacional dos Direitos Humanos na Universidade Bundeswehr e Patricia Perrone Campos Mello, professora doutora de Direito Constitucional do Centro Universitário de Brasília (UniCEUB), mestre em Direito pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e procuradora do Estado do Rio de Janeiro.

Amazônia

Um dos painéis do seminário tratou do tema “Juízes da Amazônia na tutela ambiental: experiências nacionais” e teve a participação da juíza federal Mara Elisa Andrade e dos juízes estaduais: Andrea Jane de Medeiros e Otávio Augusto Ferraro. A mediação do referido painel foi realizada pelo juiz estadual Túlio Dorinho.

Também participaram do evento o vice-presidente do Tribunal Regional Federal da 1a. Região (TRF1), desembargador Marcos Augusto de Souza; o juiz federal e coordenador pedagógico da Esmaf/TRF1, Ilan Presser; a diretora da Escola de Magistratura Federal da 1a. Região, desembargadora Gilda Sigmaringa Seixas; o defensor público Nairo Aguiar Cordeiro (representando a Defensoria Pública do Estado (DPE/AM); o diretor da Escola Superior da Advocacia do Amazonas, Carlos Alberto de Moraes Ramos Filho e; o juiz auxiliar da Presidência do CNJ, juiz federal do TRF3 e mestre em Direitos Humanos pela UFMS, João Felipe Menezes Lopes.

 

#PraTodosVerem: Imagem principal da matéria mostra a visão parcial da mesa de debatedores de um dos painéis do seminário internacional “Justiça Climática e Direitos Humanos: perspectivas global, regional e local”, realizado pela Escola Nacional de Formação de Magistrados (Enfam).  

 

Paulo André Nunes

Fotos: Chico Batata

 ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL / TJAM

E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

(92) 2129-6771 / 993160660

2022 - Mapa do Site
Save
Cookies user preferences
We use cookies to ensure you to get the best experience on our website. If you decline the use of cookies, this website may not function as expected.
Accept all
Decline all
Publicidade
Youtube
Accept
Decline
Analítico
Google Analytics
Accept
Decline