TJAM 130 anos: sessão solene híbrida do Tribunal Pleno marca instalação do Museu do Poder Judiciário do Amazonas

Parte dos membros do colegiado estará nas dependências do Palácio da Justiça, antiga sede do TJAM, para a sessão especial, que terá transmissão pelo YouTube.


 Palácio terçaNesta terça-feira (24/08), a sessão do Pleno do Tribunal de Justiça do Amazonas acontecerá nas dependências do Museu do Judiciário do Amazonas (Mujam) - nova designação do Centro Cultural Palácio da Justiça, localizado na Avenida Eduardo Ribeiro, Centro de Manaus. A sessão ocorrerá no formato híbrido - com a presença de parte do colegiado no palácio - e sob a presidência do desembargador Domingos Jorge Chalub, que participará de forma remota. Como ocorre todas as semanas, a sessão será transmitida pelo canal do TJAM no YouTube.

A realização da sessão no imponente palácio integra as comemorações dos 130 anos de instalação do Poder Judiciário do Amazonas - completados no dia 4 do último mês de julho. Autoridades, como o governador do Estado, Wilson Lima e o ministro Mauro Campbell, do Superior Tribunal de Justiça (STJ) já confirmaram participação na sessão.

Na ocasião, além da formalização da instalação do Mujam, ocorrerá o lançamento do “Selo Histórico TJAM”, que passará a ser afixado em processos judiciais ou administrativos, em tramitação ou arquivados, bem como em móveis, equipamentos e outros objetos, cujo assunto ou característica seja considerado de grande valor para a sociedade e para o Poder Judiciário do Estado do Amazonas.

A direção do TJAM – formada pelo desembargador Domingos Chalub (presidente) e pelas desembargadoras Carla Reis (vice-presidente) e Nélia Caminha Jorge (corregedora-geral de Justiça) – destaca que a implantação do Mujam está alinhada com a Resolução n.º 324/2020, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que instituiu as Diretrizes e Normas de Gestão de Memória e de Gestão Documental e dispôs sobre o Programa Nacional de Gestão Documental e Memória do Poder Judiciário (Proname). A resolução enfatiza que um dos princípios do Proname é o pleno acesso ao patrimônio arquivístico, bibliográfico, museográfico, histórico e cultural gerido e custodiado pelo Poder Judiciário, como forma de promoção da cidadania.

No dia 30 do último mês de julho, o Diário da Justiça Eletrônico (DJe) publicou a Portaria n.º 1.309/2021, assinada pelo presidente da Corte, Domingos Chalub, que transforma o Palácio da Justiça Clóvis Bevilácqua em Museu do Judiciário do Estado do Amazonas (Mujam) e institui o programa “Selo Histórico TJAM”.

A criação do Mujam não altera o Termo de Cessão de Uso por meio do qual o Tribunal de Justiça repassou à responsabilidade da Secretaria de Cultura a gestão do Palácio Clóvis Bevilácqua para fins culturais e de atividades artísticas à coletividade. O Termo de Cessão de Uso sofrerá um aditivo para ampliar o acervo já existente no local.

A portaria assinada pelo presidente do TJAM levou em consideração que os acervos documentais, mobiliários de estilo, obras de arte, tapetes, cortinas e outros artefatos do Poder Judiciário constituem patrimônio cultural e histórico, que devem ser preservados em conformidade com o artigo 216, parágrafo 1.º, da Constituição Federal; e as instruções contidas na Resolução n.º 324/2020, que trazem diretrizes e normas de gestão de memória e gestão documental e que dispôs sobre o Programa Nacional de Gestão Documental e Memória do Poder Judiciário (Proname).

O Museu fará parte do Cadastro Nacional de Museus (CNM), para produção de conhecimentos e informações sistematizadas sobre o setor museológico brasileiro em toda sua diversidade, considerando os critérios do CNM, através de ato normativo do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram).

Selo Histórico

De acordo com a Portaria n.º 1.309/2021, que instituiu o “Selo Histórico TJAM”, serão considerados históricos os documentos, processos e demais objetos que se encontram no Palácio da Justiça Clóvis Bevilácqua até a data de publicação da portaria, considerado seu valor histórico intrínseco.

A gestão do programa “Selo Histórico TJAM” será feita pelo Arquivo Central do TJAM, subsidiado pela Comissão Permanente de Avaliação de Documentos.

Centenário

A obra centenária do Palácio da Justiça – agora Museu do Poder Judiciário do Amazonas - foi concluída no início do século XX e sua inauguração ocorreu em 21 de abril de 1900. A construção é um dos principais exemplares da arquitetura clássica do período áureo da economia da borracha e suas linhas estruturais seguem as tendências do estilo renascentista.

O prédio foi tombado como Patrimônio Histórico e Artístico do Amazonas em 1980. Os nomes dados às salas que o compõem homenageiam personalidades ligadas à sua implantação e ao Poder Judiciário.

A mobília é centenária e destaca-se o relógio do tipo carrilhão, da década de 1920, com estrutura de jacarandá baiano e maquinário suíço, além do lustre original feito de bronze e cristais.

Acervo

O Mujam terá exposições com processos históricos; objetos do Tribunal; material de vídeo de divulgação, como o “Projeto Memória”, que foi recentemente lançado, também como parte da programação dos 130 anos de instalação do Poder Judiciário do Amazonas. "Estamos organizando alguns processos que precisam passar por restauro. O objetivo é agregar, dar mais vigor ao espaço, mais publicização de processos históricos, mais interatividade ao ambiente para que possamos efetivamente ter essa parte cultural e museológica da instituição", explica o gerente-geral do Arquivo Central do Tribunal de Justiça do Amazonas e secretário da Comissão Permanente de Avaliação de Documentos do TJAM , Pedro Souza Neto.

O desembargador Délcio Luís Santos, que preside a Comissão Permanente de Avaliação de Documentos do TJAM, lembra que a instalação do Museu do Judiciário atende, inclusive, as exigências e requisitos do Prêmio CNJ de Qualidade 2021, que traz 25 pontos relacionados à questão da gestão da documentação e da memória.

Cobertura do evento

A sessão solene desta terça-feira terá transmissão, ao vivo, pelo canal do TJAM no YouTube. Em razão das medidas de prevenção à covid-19, a cobertura jornalística do evento será feita presencialmente apenas pela Divisão de Divulgação e Imprensa da Corte e, posteriormente, disponibilizada aos veículos de comunicação (impressos, portais, rádios e TVs). 

 

 

#PraCegoVer - Na foto que ilustra a matéria vê-se a fachada do centenário Palácio da Justiça, localizado na Avenida Eduardo Ribeiro, que passa a ser o Museu do Judiciário do Amazonas.

 

Paulo André Nunes

Foto: Raphael Alves - Arquivo TJAM

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