1ª Vara de Itacoatiara conclui programação da "Semana do Júri"

Sessões de julgamento foram presididas pelo juiz Saulo Góes Pinto e, no último dia, júri foi acompanhado por acadêmicos de Direito.


juri_ita2A 1ª Vara do Júri e Execução Penal da Comarca de Itacoatiara (distante 176 quilômetros de Manaus) concluiu nesta quinta-feira (11) a Semana do Júri, que permitiu a realização de três julgamentos no Fórum Dr. José Rebelo de Mendonça. Presididas pelo juiz Saulo Góes Pinto, as sessões de julgamento popular tiveram como representante do Ministério Público a promotora de Justiça Tânia Maria de Azevedo Feitosa, além da atuação da defensora pública Ellen Cristine Alves Melo e dos advogados Naiade Victória Araujo Perrone e Osvaldo Biase Juri_ItaMartins Júnior.

O juiz Saulo Góes, responsável pela Execução Penal na Comarca, explica que a pauta de julgamentos foi organizada após uma visita realizada à Unidade Prisional de Itacoatiara, assim que ele assumiu a titularidade da  1ª Vara da Comarca e que também teve a participação de representantes do MP e da Defensoria. “A visita ao presídio e a realização da Semana do Júri fazem parte de uma iniciativa que objetiva garantir os princípios previstos na nossa Constituição Federal, como a plenitude da defesa, que é direito desses réus, bem como garantir que a Justiça alcance o anseio dos parentes das vítimas”, explicou o magistrado.

Juri_Ita3O primeiro julgamento da semana, realizado na terça-feira (dia 9), teve dois réus e terminou com a absolvição de um deles (Adeilson Medeiros Xavier) e a condenação do outro (Eduardo Henrique Holanda dos Santos) por homicídio, duplamente qualificado, que resultou numa pena de 14 anos de reclusão em regime inicialmente fechado. A vítima tinha 16 anos à época do crime e se chamava Lucas Rebouças.

Segundo a denúncia apresentada pelo MPAM, o réu Eduardo Henrique efetuou dois tiros contra Lucas. Durante a instrução, ficou comprovado que o segundo réu, Adeílson Xavier, mototaxista, teria levado Eduardo até o local do crime, mas não sabia que este cometeria o homicídio.

A sessão do júri realizada na quarta-feira (dia 10), teve dez horas de duração e surpresas, após a ouvida das testemunhas. O réu Ronilson Pereira de Almeida, preso preventiamente há cerca de um ano, e o réu Ribamar Soares Felipe, que aguardava o julgamento em prisão domiciliar, tiveram o destino totalmente modificado. “Houve uma reviravolta no caso. A pessoa que estava solta (Ribamar) foi presa e a pessoa que estava presa (Ronildo) foi solta. Existia uma prisão preventiva que foi revogada durante o julgamento e determinei que a pessoa que estava sendo julgada (Ronilson) trocasse a roupa do presídio para que não houvesse o estigma da cadeia. Houve a absolvição dele pelos jurados e a condenação do outro réu”, explicou o magistrado.

O réu Ribamar Soares Felipe foi condenado pelo Conselho de Sentença e recebeu pena de 15 anos de prisão, por homicídio duplamente qualificado. Ronilson Almeida ganhou a liberdade.

Conforme a denúncia do MP, o crime que levou à condenação de Ribamar ocorreu na comunidade rural de São Pedro de Iracema. A motivação do crime foi uma briga por cabeças de peixes, que os agricultores estavam assando e foram derrubadas por Claudiomar Barbosa Pacheco. Após o ocorrido, Ribamar e Ronilson, munidos de uma arma de fogo, faca e uma ripa de madeira, saíram pela comunidade buscando por Claudiomar para tirar satisfação. No caminho, abordaram Claudeny Pacheco da Silva, que não quis informar o paradeiro de Claudiomar e acabou sendo alvejado por um tiro, que o matou. Depois disso, abordaram o irmão mais novo de Claudeny, Dheimison de Oliveira Barbosa, que também sofreu lesões e ameaças.

Encerramento 

A pauta da Semana do Júri foi encerrada nesta quinta-feira (11) com o julgamento de Jonilson Antônio Rolim Magalhães, acusado de homicídio. A vítima, morta com 13 golpes de faca, tinha problemas de saúde e, ao condenar o réu, o júri considerou que o crime foi agravado por duas qualificadoras: meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa da vítima.  Ao aplicar a pena, o juiz Saulo condenou o Jonilson Magalhães a 14 anos e seis meses de prisão. A defesa do caso ficou por conta do defensor público Sérgio Guimarães.

O último júri da semana foi acompanhado por acadêmicos do curso de Direito da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e alunos do curso Técnico Jurídico do Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam).

 

Sandra Bezerra

Fotos: Acervo da Comarca

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