Jovens em liberdade provisória concluem curso de repositor de mercadorias ofertado pelo Projeto Reeducar e Cetam

Vinte jovens participaram da capacitação, que teve carga horária de 60 horas e faz parte do processo de ressocialização dos participantes do projeto.


45041939254_d7a02d142b_zO Projeto Reeducar, do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), finalizou nesta quarta-feira (7) o Curso de Repositor de Mercadorias em Supermercados, realizado em parceria com o Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam) e que teve como público-alvo 20 jovens e situação de liberdade provisória assistidos pelo projeto.

Com duração de 60 horas, o curso teve início em 15 de outubro passado e foi 45767030141_60facb7673_z-1ministrado na sala do Projeto Reeducar, localizada no 1º Andar do Fórum Ministro Henoch Reis, bairro de São Francisco. O encerramento das aulas contou com a presença da idealizadora e coordenadora do Reeducar, juíza Eulinete Tribuzzy, titular da 11ª Vara Criminal da Comarca de Manaus.

“É indescritível o sentimento de ver esses 20 jovens concluindo esta formação, pois o objetivo do Projeto Reeducar se realiza. Pude sentir essa realização na manifestação de cada aluno. É preciso dedicação e também demanda tempo, mas é muito gratificante ver os resultados do projeto. Estou muito feliz porque, pela postura de cada um desses jovens, dá para perceber que eles não vão voltarão para o crime e estão dispostos a colaborar para a paz e a harmonia na sociedade”, disse a magistrada, que agradeceu às instituições parceiras, principalmente, ao Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam), que ofertou o curso.

O professor Erik Batista, do Cetam, disse que o curso além de ter foco na profissionalização dos alunos, procurar também encaixá-los no mercado de trabalho. “É muito gratificante porque o aprendizado está acima de tudo. Tivemos a primeira fase, sendo a de adaptação e, no segundo momento, usamos uma metodologia diferenciada para que os alunos pudessem adquirir um conhecimento digno. Durante o curso, eles puderam se relacionar com o público para se adaptarem, pois é com o público que vão trabalhar”, disse o professor.

Um dos alunos, Hidalgo Marques de Oliveira, de 34 anos, além de concluir o curso também foi escolhido para ser o orador da turma. Segundo ele, bastou uma passagem pelo sistema penitenciário do Amazonas para enxergar que é necessário se qualificar para conseguir um trabalho e não voltar a cometer um crime. “É uma felicidade muito grande concluir um curso que vai nos ajudar lá na frente. Quando participei da primeira palestra do Projeto, não imaginava que tivesse esses cursos. Saímos de um local inapropriado para o ser humano, que é uma cadeia, para conseguir uma qualificação. Estou muito feliz e agradeço ao Tribunal de Justiça por nos dar essa oportunidade”, explicou Hidalgo.

O Projeto Reeducar, além dos cursos de qualificação, também realiza duas palestrar mensais para reeducandos e pessoas que ganham liberdade provisória durante as audiências de custódia. Desenvolvido pelo Tribunal de Justiça do Amazonas desde 2009, o projeto já alcançou mais de 11 mil pessoas, com a parceria direta de instituições e entidades como a Defensoria Pública do Estado, Ministério Público, Ordem dos Advogados do Brasil, dentre outras. O objetivo do projeto é desenvolver ações de responsabilidade social, fora do ambiente carcerário, para promover apoio sociopsicopedagógico às pessoas beneficiadas com a liberdade provisória, sob o foco dos princípios constitucionais.


Carlos de Souza
Fotos: Chico Batata

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