A atividade, que reuniu policiais que atuam na “Ronda Maria da Penha” e servidores, fez parte da campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”.

O 1.º Juizado Especializado no Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, do Tribunal de Justiça do Amazonas, promoveu nesta quinta-feira (26) uma roda de conversa sobre o tema: “Repensando as Masculinidades”. A atividade, organizada pela equipe multidisciplinar do Juizado como parte da campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”, contou com a participação de servidores e de policiais militares do “Programa Ronda Maria da Penha”, da Polícia Militar do Amazonas.

A masculinidade nas relações de gênero pode ser entendida como um conjunto de atributos, valores, funções e condutas que se espera que o homem tenha em determinada cultura. “A roda de conversa é uma proposta de trabalho que consiste na criação de espaços de diálogo, em que os participantes podem se expressar e, sobretudo, escutar os outros e a si mesmos. O objetivo é estimular a construção de novas percepções sobre determinada temática por meio da troca de informações, buscando compreender os efeitos da masculinidade hegemônica na vida dos homens, bem como de todos ao seu redor”, destacou a assistente social, Celi Cristina Nunes.

Durante a roda de conversa, foram repassados dados, como a taxa de homicídios por arma de fogo no Brasil, que coloca os homens como maioria das vítimas com 94,4% dos casos. A discussão também se propôs a destacar formas de repensar a masculinidade mostrando os perigos dos padrões sociais prejudiciais, além de rejeitar piadas ou brincadeiras que inferiorizam a mulher.

Outro ponto relevante foi o tema da depressão e do suicídio, relacionados ao homem, uma vez que, segundo dados históricos, eles são ensinados a não manifestar sentimentos, consequentemente havendo grande sofrimento e até a morte.

Ativismo

A campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres” é uma estratégia de mobilização de indivíduos e organizações, em todo o mundo, para engajamento na prevenção e na eliminação da violência contra as mulheres e meninas. A campanha teve início em 25 de novembro, “Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres”, e se estende até 10 de dezembro, “Dia Internacional dos Direitos Humanos”. No Brasil, a mobilização abrange o período de 20 de novembro a 10 de dezembro. Foi iniciada por ativistas no Instituto de Liderança Global das Mulheres, em 1991, e continua a ser coordenada, anualmente, pelo Centro para Liderança Global das Mulheres.

Fábio Melo

Fotos: Acervo do Juizado

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