Durante a ação, foram distribuídos panfletos com informações destacando as formas de violência contra a mulher, como perceber os sinais de agressão; o que é uma medida protetiva; como pedir ajuda em casos de violência e quais os canais de denúncia.
PARINTINS (AM) – Uma equipe multidisciplinar dos “Juizados Maria da Penha” do Tribunal de Justiça do Amazonas realizou na manhã desta quarta-feira (25/06), com trabalhadores dos currais dos bois Caprichoso (Zeca Xibelão) e Garantido (Cidade Garantido), uma abordagem de conscientização sobre o combate à violência contra a mulher.
A atividade integra a programação organizada pela Coordenadoria Estadual das Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cevid/TJAM), que é coordenada pela desembargadora Maria das Graças Pessôa Figueiredo, aproveitando a grande concentração de pessoas que já estão na cidade para o “58.º Festival Folclórico de Parintins”, que começa na sexta-feira (27) e vai até domingo (29).
Durante a ação nos currais, foram distribuídos panfletos com informações destacando as variadas formas de violência contra a mulher; como perceber os sinais de agressão; o que é uma Medida Protetiva; como pedir ajuda em casos de violência e telefones e endereços úteis de Parintins, além de diálogos de conscientização.
No Boi Caprichoso, pessoas como a costureira Ana Léa Ferreira, que integra o “Centro de Costuras Ray Góes”, ressaltaram a importância da ação do TJAM. “Ações como essa do Tribunal de Justiça são importantes para nós mulheres no sentido de dar informações que nos ajudam a saber como denunciar e para onde nos direcionar em casos de violência contra a mulher em nossa cidade”, comentou ela.
Para a estudante Brena Góes Gonçalves, que trabalha em uma das lojas de produtos instalada no Curral Zeca Xibelão, a “conscientização estimulada pelo Tribunal de Justiça é bastante importante para que se venha a prevenir a violência doméstica; muitas coisas não eram conhecidas antigamente como violência, e agora do ponto de vista delas, são, pois a situação no mundo está complicada, complexa”.
No Boi Garantido, a ajudante de fantasias de tuxauas, Luciana Evangelista Garcia, afirmou que a atividade do TJAM nos currais ajuda a conscientizar àquelas pessoas que, como ela, já sofreram algum tipo de agressão.
“Hoje em dia o combate ao feminicídio, à violência doméstica e à violência psicológica defende quem já sofreu violência. Eu já passei por isso e não aceito nenhuma forma de violência, seja ela contra a mulher, seja ela contra o homem. Temos que denunciar os casos de violência e perceber os sinais de agressão”, comentou a artesã.
O artista plástico Álvaro Luiz Rodrigues disse que a campanha do TJAM, além de conscientizar, também estimula a população a denunciar casos de violência contra as mulheres.
“Esta ação do Tribunal é muito boa, pois as mulheres do nosso estado estão sofrendo com muita violência e não dá mais pra aceitar essas coisas, tal escalada de casos. Essa campanha da Justiça contra a violência vem conscientizar e dar a oportunidade da população denunciar esses casos e isso é muito gratificante”, pontuou o trabalhador.
Prevenção
A servidora do TJAM, assistente social Celi Cristina Nunes Cavalcante, que integra a equipe multidisciplinar que realizou a abordagem, frisa que orientar sobre os tipos de violência, e os sinais de violência, muitas vezes, sutis, assim como informar sobre os locais para atendimento, informações constantes nos panfletos, também ajudam com a prevenção e com a possibilidade de denúncia.
Ela reforça que os currais são espaços de forte expressão cultural e de intensa movimentação, portanto “implementar ações de enfrentamento à violência contra a mulher nesses locais é essencial para prevenir abusos, proteger vítimas e promover uma cultura de respeito, fortalecendo o papel do festival como ambiente inclusivo e seguro para todas as mulheres, as trabalhadoras e também as brincantes”.
Roda de conversa
Ainda na tarde desta quarta-feira, o TJAM promoverá, no Fórum de Justiça de Parintins, uma Roda de Conversa com a participação de mulheres vítimas de violência. A atividade inicia às 14h30 e também será conduzida pela equipe multidisciplinar, com representantes da Cevid e dos “Juizados Maria da Penha”.
#PraTodosVerem: Cinco mulheres aparecem na imagem. Todas estão usando camisetas azuis com estampas brancas, exceto uma mulher em destaque que está de pé, com uma camiseta branca e cabelos loiros. Ela está se inclinando para conversar com uma das costureiras sentadas, apontando para folhetos coloridos que estão sobre a mesa. Esses folhetos parecem materiais informativos. Sobre a mesa há tecidos diversos, incluindo cetim branco, tecidos verdes brilhantes, retalhos floridos e outros coloridos, além de rolos de linha, bobinas e ferramentas de costura. Duas máquinas de costura brancas estão em uso, com fios prontos para costura.
Texto e fotos: Paulo André Nunes
Revisão Textual: Joyce Desideri Tino
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL / TJAM
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