Eduardo Simba, da Universidade Agostinho Neto (Angola), destacou a importância da produção científica aplicada às políticas públicas e da valorização dos saberes tradicionais na luta contra os impactos das mudanças climáticas.
Uma maior integração entre ciência – através da produção acadêmica -, políticas públicas e saberes tradicionais é defendida pelo professor e pesquisador Eduardo Simba, da Faculdade de Direito da Universidade Agostinho Neto, de Luanda (Angola). Ele é um dos palestrantes da I Conferência Internacional de Direito Climático, promovida pela Escola Superior da Magistratura do Amazonas (Esmam), em parceria com o Centro Euro-Americano de Pesquisa em Políticas Constitucionais (CEDEUAM), da Universidade de Salento (Itália), com apoio de instituições parceiras. O evento acontece até esta quinta-feira (12/6), no auditório do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE/AM), e reúne especialistas do Brasil e do exterior para debater a “Emergência Climática e Ciência: a responsabilidade do Estado, do direito, da economia e da educação na concretização da Agenda 30”.
Simba, que palestrou no primeiro dia da conferência, enfatizou o papel estratégico da Academia na produção de conhecimento aplicado à realidade ambiental e à formulação de políticas públicas. Segundo ele, é preciso transformar a informação científica em ferramenta concreta para enfrentar a crise climática e evitar que o conhecimento produzido fique “guardado”. Na visão do professor, essas conferências ajudam a construir redes sólidas de diálogo entre pesquisadores de diferentes áreas para transformar teoria em ação.
O professor também destacou a urgência de uma abordagem interdisciplinar nas políticas de ordenamento territorial sustentável, diante do avanço de determinadas atividades econômicas, como a agropecuária e a exploração madeireira, principalmente em biomas como a da Amazônia. “O crescimento econômico pressiona a ocupação do solo, e o ordenamento territorial sustentável é determinante para garantir a integridade ambiental de regiões mais sensíveis”, alertou.
Simba também destacou a importância da valorização dos saberes tradicionais dos povos originários e comunidades locais. “Os nossos povos têm técnicas para prever chuvas, conservar os recursos hídricos e manejar os plantios. Esses conhecimentos são a base da ciência e devem ser respeitados”, afirmou.
Durante a visita ao Amazonas, o pesquisador angolano conheceu a atuação do Tribunal de Justiça do Estado, do Ministério Público, Defensoria Pública e do Tribunal de Contas do Estado no desenvolvimento de projetos ambientais e que mostram como as instituições públicas podem contribuir efetivamente para a proteção ambiental e para sustentabilidade.
“É com grande satisfação que participamos desse evento. Estamos aprendendo muito e ampliando nossa visão sobre a integração entre ciência, justiça e sociedade no enfrentamento da crise climática. São experiências que vamos levar conosco para Angola”, concluiu.
#PraTodosVerem: A imagem mostra uma mesa de palestrantes com três homens sentados lado a lado durante um painel da I Conferência Internacional sobre Direito Climático. Eles estão vestidos formalmente, usando ternos escuros, camisas sociais e gravatas. O homem no centro, de pele negra, está com um microfone na mão direita e fala ao público. Ele está posicionado à frente de um notebook aberto (da marca Apple) e tem um copo de água ao lado. Seu semblante é sério e focado. À esquerda dele, um homem mais velho, de cabelo e barba brancos, também de terno e gravata vermelha, manuseia um celular, com os olhos voltados para a tela. À direita, um homem de pele clara e barba, com expressão atenta, olha para a frente com as mãos cruzadas sobre a mesa. Ele também usa gravata vermelha e está diante de um copo de água.
Acyane do Valle
Marcus Phillipe
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL / TJAM
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