TJAM inaugura novas instalações do Arquivo Central Júlia Mourão de Brito

Entrega das novas instalações da unidade responsável pela guarda da memória da Corte Estadual acontece na "Semana Nacional do Arquivo".


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Inaugura Arquivo2A Comissão Permanente de Avaliação de Documentos do Tribunal de Justiça do Amazonas (CPAD/TJAM) realizou na manhã desta quarta-feira (8/6), véspera do "Dia Nacional do Arquivo", uma cerimônia de entrega das novas instalações do Arquivo Central Júlia Mourão de Brito. Localizado na avenida Constantino Nery, bairro Flores, zona Centro-Sul, o Arquivo passou por obras de reforma e ampliação, que iniciaram em agosto do ano passado e totalizaram nove meses de serviços. A unidade recebe o acervo de processos físicos judiciais e administrativos e do Judiciário Estadual, onde, após análise e com base nas Tabelas de Temporalidade, são posteriormente eliminados ou preservados para memória histórica, conforme seu teor.

Além de contribuir para a preservação da memória do Judiciário Estadual, a iniciativa de reformar e ampliar as instalações do Arquivo Central visa a assegurar o cumprimento das “Tabelas de Temporalidade”, que especificam prazos de guarda dos processos e documentos administrativos, conforme a Resolução n.º 50/2008, bem como o cumprimento das Resoluções n.º 324/2020-CNJ e n.º 18/2021-TJAM, que tratam, dentre outros temas, da gestão documental.

Participaram do evento de inauguração o desembargador Wellington José de Araújo, vice-presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas, que representou o presidente da Corte, Domingos Chalub; o vice-presidente do Superior Tribunal Militar (STM), ministro Péricles Aurélio Lima de Queiroz; a desembargadora Carla Maria Santos dos Reis, presidente da Comissão de Gestão de Memória do TJAM; o desembargador Délcio Luis Santos, presidente da Comissão Permanente de Avaliação de Documentos do TJAM; o membro da Comissão de Gestão da Memória do TJAM, juiz Paulo Feitoza; o secretário-geral de Administração do TJAM, Chrystiano Lima e Silva; o secretário de Infraestrutura do Tribunal, Rommel Akel; o secretário de Estado da Cultura e Economia Criativa, Marcos Apolo Muniz; o secretário de Estado de Administração e Gestão, Fabrício Barbosa; o conselheiro seccional e ouvidor-geral da Ordem dos Advogados do Brasil / Seccional do Amazonas, Fernando Simões da Silva; o secretário de Arquivo e Memória do TJAM, Manoel Pedro de Souza Neto; além de servidores e convidados.

“É muito importante o trabalho que vem sendo feito pela equipe do Arquivo Central e exatamente para preservar a memória dos nossos documentos do Tribunal de Justiça do Amazonas”, afirmou o desembargador Wellington Araújo, destacando que fez “muitas sentenças à mão, principalmente, quando estava no interior do Estado, hoje temos a tecnologia”.

A desembargadora Carla Reis afirmou que a inauguração representa um sonho que se transformou em realidade. "Hoje foi mais um dia histórico na gestão do Poder Judiciário do Amazonas 2020/2022, presidido pelo desembargador Chalub, a quem rendo nossas homenagens”. Ela contou que conheceu a servidora Júlia Mourão de Brito – que dá nome ao Arquivo Central – ainda no prédio histórico da avenida Eduardo Ribeiro – o antigo Palácio da Justiça que hoje abriga o Museu do Judiciário do Amazonas (Mujam).

Em discurso, o desembargador Délcio Luis Santos agradeceu nominalmente ao presidente Domingos Chalub e a “todos que proporcionaram esse momento de reinauguração do Arquivo, que é muito importante para que se preserve a memória do Tribunal de Justiça e para que pessoas possam ter acesso posteriormente e conhecer o que aconteceu no seu passado para que possa construir um futuro cada vez melhor”.

Para o juiz Paulo Feitosa, membro da Comissão de Gestão da Memória do TJAM, com a reforma e ampliação do Arquivo a Justiça do Amazonas está resgatando a sua história, e na medida em que os arquivos são organizados produzem uma natural história, que pode ser vista e revista por todos da sociedade local ou até internacional. “Os arquivos são, verdadeiramente, fontes de história, e hoje a Justiça do Estado do Amazonas dá um passo maiúsculo, grande, para dizer que está salvaguardando a sua história. Estamos hoje integrados ao que se denomina de ‘história global’, inclusive, o Tribunal já recebeu um prêmio internacional pelos documentos que organizou e apresentou. Hoje é um momento de felicidade, de história e de novidade, de conquistarmos e termos reconhecidamente esse espaço histórico que merecemos ter”, declarou o magistrado.

Para o secretário-geral de Administração do TJAM, Chrystiano Lima e Silva, a entrega do novo espaço reformado e ampliado representa a preocupação do Tribunal de Justiça em preservar, de forma organizada e catalogada, e da forma que as normas brasileiras exigem, o seu acervo. "E temos ainda a importância grande dessa reestruturação, que é garantir um novo ambiente de trabalho para servidores e estagiários que aqui atuam, um local agora salubre e digno para que as pessoas possam efetivamente executar a sua atividade de forma satisfatória”.

O secretário-geral de Administração do TJAM lembrou que atual gestão enfrentou nesses dois anos, diante do quadro de pandemia da covid-19, desafios enormes. "Desafios nunca vistos nem pela minha geração nem pela que a antecedeu, então, tivemos que usar de muita criatividade para chegarmos até esse momento, com um legado de dois anos muito satisfatório”, afirmou Chrystiano Lima e Silva.

O vice-presidente do Superior Tribunal Militar, ministro Péricles Aurélio Lima de Queiroz, ressaltou o caráter precursor do Arquivo Central do TJAM. “Não poderia deixar de comparecer à inauguração da reforma e ampliação do Arquivo Central Júlia Mourão. Para mim é uma honra e muita satisfação estar aqui. O Tribunal de Justiça do Amazonas é precursor entre os demais tribunais estaduais e superiores do País na gestão da memória, da documentação e da arquivística, tanto que em recente evento no Recife, no início do mês de maio, recebeu um prêmio concedido pelo Conselho Nacional de Justiça. É um exemplo para os demais tribunais pela dedicação. Todos estão de parabéns”, destaca ele.

O ministro informou que o STM tentará um acordo de cooperação com o TJ do Amazonas para o tratamento da documentação militar em Manaus que, segundo ele, “sofre muito pelas condições climáticas e, principalmente, pela umidade da região”.

Conforme explica o professor e mestre em História Social e servidor da equipe do Arquivo Central, Juarez da Silva Júnior, o evento desta quarta-feira é um divisor de águas na questão de arquivo e memória do Tribunal de Justiça. "Ganhamos condições muito boas para estar trabalhando e esperamos que seja o começo, que tenhamos outras conquistas nessa área, pois temos muitas coisas para fazer no arquivo”, disse o servidor.

Durante o evento foi exibido um vídeo produzido em parceria pela equipe da Assessoria de Comunicação do TJAM e do Arquivo Central, mostrando a evolução do espaço que hoje abriga a memória do Tribunal.

Estrutura

De acordo com o secretário de Arquivo e Memória Institucional, Manoel Pedro de Souza Neto, a equipe do arquivo conta com 14 servidores, 17 estagiários, que com a área ampliada (352,86 m² construídos agora; no total o arquivo tem mais de 2 mil m²) terão um espaço melhor dividido e mais adequado aos trabalhos.

“Com a ampliação e reforma, os servidores e estagiários que trabalhavam no espaço possuirão condições de melhor desenvolver as atividades de gestão documental e arquivo”, explica o secretário Pedro Neto.

Ele destaca também que o atendimento às partes, advogados e pesquisadores eram feitos em uma sala e para isso passavam pelos galpões. Hoje eles terão um espaço denominado “sala de pesquisadores”, com conforto e comodidade para seu atendimento.
Outras melhorias referem-se ao espaço da guarita, que antes dividia-se com os equipamentos de tecnologia da informação e da comunicação, mas após as obras passou-se a ter uma guarita e uma sala destinada para esses equipamentos.

A sala de processamento técnico também foi reformada, melhorando o espaço para o desenvolvimento das atividades dos estagiários de arquivologia e história. Na ampliação e reforma, foi construído um laboratório de restauro e conservação preventiva, sendo o primeiro do tribunal da região Norte a possuir tal estrutura; e os galpões foram equipados com saída de emergência e implementação do sistema de combate a incêndio, acrescenta Pedro Neto.

Histórico

Em 2007 o Tribunal de Justiça do Amazonas criou um grupo de trabalho para dar atenção ao arquivo e por meio da resolução n.º 50/2008 instituiu a Comissão Permanente de Avaliação de Documentos, atualmente presidida pelo desembargador Délcio Luis Santos.

Em 2009, o arquivo ficava concentrado no subsolo do Fórum Ministro Henoch da Silva Reis, depois em 2011 seu acervo foi transferido para o local em que está atualmente.

Em 2015 o espaço teve uma primeira reforma, passou a ser designado Arquivo Central Júlia Mourão de Brito e, além de cuidar do aspecto de memória institucional, passou a ser consultado por parceiros para pesquisa acadêmica.

Em 2021 foi iniciada uma nova obra, para ampliação e reforma, dando maior capacidade, segurança e condições de trabalho aos servidores, estagiários e pesquisadores.

 

Confira mais fotos do evento nesse link:

https://www.flickr.com/photos/tribunaldejusticadoamazonas/albums/72177720299642116 

 

#PraTodosVerem - a foto principal que ilustra a matéria mostra o descerramento da placa que registra a inauguração das novas instalações do Arquivo Central. Várias autoridades presentes ao evento participaram do ato simbólico.

 

Paulo André Nunes e Patrícia Ruon Stachon

Fotos: Chico Batata

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

Telefones | (92) 2129-6771
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