Projeto tem o objetivo de orientar – as vítimas e os agressores – sobre a tramitação dos processos e buscar contribuir para a quebra do ciclo de violência familiar.
O 3º Juizado Especial no Combate à Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher realizou nesta sexta-feira (13) mais uma palestra do Projeto Maria Acolhe, com vítimas que figuram como parte em processos que tramitam unidade judiciária. Nesta sexta, 83 mulheres compareceram ao Salão Nobre Alberto Simonetti Neto, no Fórum Ministro Henoch Reis, para receber orientações dos palestrantes do projeto
A psicóloga Hillene Freire acompanha diretamente o drama das mulheres que são agredidas. Ela diz que o projeto tem o objetivo de promover a reflexão sobre a violência doméstica e familiar contra a mulher, além de explicar e dar orientações sobre o andamento do processo.
“Muitas das mulheres que foram vítimas de violência chegam à delegacia, registram o boletim de ocorrência, é feito o pedido de medidas protetivas, mas elas saem com dúvidas sobre o que acontecerá depois. Aqui, nosso objetivo e buscar esclarecer essas questões, falar sobre a tramitação processual e aproveitar para promover reflexões sobre a violência, trabalhando a prevenção, buscando quebrar o ciclo de violência familiar”, ressalta Hillene.
O Projeto Maria Acolhe promove encontros com palestras e orientações destinadas a partes processuais com as reuniões sendo realizadas separadamente para homens e mulheres.
Para o promotor de justiça Luiz Alberto Dantas Vasconcelos, a palestra é fundamental para que tanto vítimas quanto agressor tomem consciência das consequências da violência, não apenas em relação à vítima, mas a toda a família.
“Essas pessoas que aqui estão devem saber que a violência doméstica não afeta apenas o casal, mas também a família. Isso é preocupante e temos de orientá-los para evitar esse tipo de problema”, explicou o promotor.
O assistente social Michael Costa, da 2ª Vara Maria da Penha, foi um dos palestrantes convidados nesta sexta-feira. Michael disse que é gratificante fazer o trabalho de conscientização às pessoas que estão na plateia, sempre com muito cuidado.
“Não estamos aqui como palestrante para apontar vítimas ou culpados. Quem vai dizer isso é o magistrado que vai julgar. Nosso objetivo é orientar as partes sobre os efeitos da violência doméstica e familiar e também sobre o andamento dos processos”, explicou o assistente social.
Além das partes que são intimadas a participar dos encontros, qualquer cidadão pode assistir na condição de ouvinte. O Projeto Maria Acolhe tem como público-alvo pessoas encaminhadas pela Delegacia Especializada em Crimes contra a Mulher.
Texto e foto: Carlos de Souza
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