Integrando a programação da 31.ª Semana Justiça pela Paz em Casa, a atividade foi realizada com o lema “Nada é mais forte do que uma mulher que se reconstruiu”.
Com um público formado por mulheres que possuem medida protetiva de urgência, e sob o lema “Nada é mais forte do que uma mulher que se reconstruiu”, as equipes multidisciplinares do 1.º e do 4.º Juizados Especializados no Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (“Juizados Maria da Penha”) realizaram na manhã desta terça-feira (25/11) uma rodada de atividades do “Projeto Maria Acolhe”.
A programação aconteceu no Fórum de Justiça Ministro Henoch Reis e teve a parceria da Defensoria Pública do Amazonas (DPE/AM), integrando as ações da “31.ª Semana Justiça pela Paz em Casa”.
A dinâmica do “Projeto Maria Acolhe” é desenvolvida a partir de palestras em que são abordados assuntos como o ciclo da violência; as consequências da violência, as esferas psicológicas, físicas e sociais; as consequências para os filhos; e planos para mulheres vítimas de violência. Além de assistir à palestra, as participantes tiveram a oportunidade, ao final, de receber orientações individualizadas.
A atividade foi desenvolvida pela psicóloga Suzy Guimarães e pelas estagiárias de Serviço Social Maria Clara Almeida Camurça, Évila Paulain e Áthina Geovana.
“O 'Maria Acolhe' oferece acolhimento, orientação referente ao processo das medidas protetivas e suporte psicossocial às mulheres em situação de violência. Durante a palestra e os atendimentos individualizados nós esclarecemos sobre o ciclo da violência que essas mulheres vivenciaram no decorrer das relações de caráter abusivo; abordamos sobre os impactos na vida da mulher e dos filhos; e falamos das ações em caso de descumprimento das medidas protetivas e elaboração de um plano de segurança, promovendo autonomia, dignidade e a ruptura do ciclo da violência”, explicou a psicóloga Suzy Guimarães.
Para a estagiária Maria Clara Almeida Camurça, que cursa Serviço Social na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), iniciativas como o “Maria Acolhe” "são importantes para que essas mulheres em situação de violência, em um primeiro momento, se sintam acolhidas por profissionais, absorvam conhecimento nesses casos, tenham segurança e saibam que a lei, sim, ampara as mulheres, e esse amparo é importante para elas se sentirem seguras na sociedade em que vivem, acolhidas e fortes”.
Reconstrução
As mulheres que formaram o público-alvo do “Maria Acolhe” desta terça-feira falaram que se sentiram acolhidas após ouvir e serem ouvidas pelas equipes multidisciplinares. Uma delas, com 47 anos de idade, empreendedora do bairro de Flores, na zona Centro-Sul, e formada em Serviço Social, comentou que a atividade faz parte realmente do processo de reconstrução que ela busca atualmente.
“Essa iniciativa do ‘Maria Acolhe’ é fundamental para que mulheres como nós tenhamos força e coragem. Já começa no momento do acolhimento. Estar aqui, e enfrentar, e bater de frente, não é fácil. Venho de um lar muito forte, minha mãe era muito forte e eu nunca havia sofrido violência física em casa. Mesmo com a minha formação, eu não reconhecia a violência, pois eu nunca havia vivido isso. Quando você vê as pessoas falando dos seus problemas, aqui, você se identifica. Eu até anotei em um papel essa frase do ‘Nada é mais forte do que uma mulher que se reconstruiu’. E é assim que eu quero seguir: me reconstruindo e mais forte”, explica ela.
Outra participante, de 61 anos de idade e que é empreendedora do bairro São José, na zona Leste, comentou ser fundamental que as mulheres que são vítimas tenham conhecimento e aprendam seus direitos.
“Agradeço o apoio que me foi dado aqui por todas vocês do Tribunal de Justiça e o convite para participar desse projeto. Isso é fundamental para aprendermos os direitos que temos. Tudo que foi explanado aqui eu particularmente vivenciei, mas graças a Deus continuo caminhando. Aqui tivemos uma aula de conhecimento. Me senti acolhida desde o momento em que cheguei aqui no
Programação
A próxima atividade dos dois Juizados acontece nesta quarta-feira (26/11), com uma nova rodada do “Maria Acolhe”. Na sexta-feira (28/11), é a vez de um bate-papo “online”, com grupos que optaram por essa abordagem em questionários previamente respondidos por ocasião da entrada dos processos.
Paulo André Nunes
Fotos: Marcus Phillipe
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL - TJAM
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