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Coordenadora da Cevid reforça que luta contra a violência doméstica e familiar contra a mulher precisa ser diária

A mensagem da desembargadora Graça Figueiredo para toda a sociedade foi na abertura da última edição deste ano da “Semana Justiça pela Paz em Casa”, alusiva ao “Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra a Mulher”, celebrado em 25 de novembro.


Abertura da 31ª Semana Justiça pela Paz em Casa Abertura da 31ª Justiça pela Paz em Casa

 

Abertura da 31ª Semana Justiça pela Paz em Casa

Abertura da 31{ Semana Justiça pela Paz em Casa

Abertura da 31ª Semana Justiça pela Paz em Casa“A luta contra a violência sofrida pelas mulheres precisa ser diária. Pedimos a toda a sociedade que nos ajude a combater esse mal, especialmente o feminicídio, que é o resultado mais trágico da violência doméstica”, afirmou a desembargadora Graça Figueiredo, coordenadora estadual das Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça do Amazonas (Cevid/TJAM), durante a abertura da última edição deste ano da “Semana Justiça pela Paz em Casa”, realizada na manhã desta segunda-feira (24/11), no Fórum de Justiça Ministro Henoch Reis, em Manaus.

Até sexta-feira (28/11), os Juizados Especializados no Combate à Violência contra a Mulher, da capital e as comarcas do interior trabalharão em regime de mutirão – das 8h às 18h – com uma pauta de 2.152 audiências em processos envolvendo a “Lei Maria da Penha”. Iniciativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e promovido em âmbito local pelo Tribunal de Justiça do Amazonas, o esforço concentrado de magistrados e servidores visa a contribuir para a celeridade dos processos que tratam de violência doméstica e familiar contra a mulher.

“Este é um movimento que fazemos há mais de dez anos para combater todo tipo de violência contra a mulher, incluindo o feminicídio. Recentemente, assinamos um protocolo em Brasília e no Maranhão no sentido de que o Brasil inteiro assuma o compromisso de fazer outra campanha pelo fim do feminicídio”, disse a magistrada, acrescentando que, ao iniciar esta 31.ª edição da “Semana Justiça pela Paz em Casa”, já houve avanços, mas ainda há muito a ser feito pelo respeito e proteção das mulheres. “O Tribunal de Justiça do Amazonas seguirá atuando com rigor, humanidade e celeridade, promovendo Justiça, prevenindo violências e garantindo que nenhuma mulher esteja sozinha. Que esta semana fortaleça nossa união, renove nosso compromisso institucional e reafirme para toda a sociedade que a violência contra a mulher não será tolerada”, concluiu Graça Figueiredo.

Prevenção

Durante a solenidade de abertura, a titular do 3.º Juizado Especializado no Combate à Violência contra a Mulher, juíza Ana Paula de Medeiros Braga Bussulo, destacou que a prevenção é um importante aliado do trabalho da Justiça.

“Todos nós nos empenhamos ao máximo, ao longo do ano, para que o número de audiências possa ser mais robusto, com maior agilidade para proporcionar uma resposta às vítimas. Mas também é necessário fortalecer o trabalho de prevenção, em toda a sociedade, pois isso é primordial para combater os crimes de violência contra a mulher”, comentou a magistrada.

Informação e educação

Para a titular do 1.º Juizado “Maria da Penha”, juíza Ana Lorena Teixeira Gazzineo, somente a informação e a educação levadas a todos os setores da sociedade poderão mudar o quadro atual da violência doméstica no País. “Nos dois últimos anos, os números da violência doméstica aumentaram consideravelmente, o que pode ser atribuído tanto ao aumento da confiança que a vítima no Sistema de Justiça e na Justiça para poder denunciar, levando a diminuir a subnotificação dos casos, quanto pelo real aumento do número de casos. De qualquer forma, o número é muito elevado e entendemos que para mudar esse quadro somente a informação e a educação sobre esse assunto para que haja o envolvimento de todos. Não adianta somente política criminal, nem apenas a punição do agressor: é preciso a educação para que mude um sistema machista que ainda está muito presente na sociedade brasileira.

Ações

A 31.ª Semana Justiça pela Paz em Casa também abrangerá uma série de ações realizadas pelas Equipes Multidisciplinares dos Juizados Maria da Penha voltadas à conscientização da sociedade, à orientação para mulheres e à divulgação de canais de denúncias em casos de violência gênero.

“Nossas ações de assistência social e de psicólogos das equipes multidisciplinares se concentram nos atendimentos que podem ser realizados antes e depois das audiências; no atendimento às mulheres que desejam realizar a revogação ou prorrogação de Medidas Protetivas de Urgência (MPU) ou de mulheres que somente queiram o apoio das equipes com relação a uma demanda específica. São atendimentos que fazemos durante todo o ano, mas que durante a Semana Justiça pela Paz em Casa são intensificados e, identificadas as necessidades delas, fazemos as intervenções e encaminhamentos para a rede de proteção”, explica a assistente social do 3.º e do 6.º Juizados Maria da Penha, Rafaela Ramos.

Outras iniciativas destacadas pela servidora são os projetos “Maria Acolhe” e “Maria vai à Escola”, realizados pelas equipes dos seis Juizados e voltados tanto para as mulheres em situações de violência quanto para os homens que são a parte requerida nos processos. “No ‘Maria Acolhe’, as ações consistem em palestras, durante as quais falamos sobre patriarcado e machismo, que são as raízes da violência, e de que forma isso repercute na vida dessas mulheres e desses homens. Durante esse grupo também repassamos orientações processuais e procuramos sanar dúvidas. No projeto ‘Maria vai à Escola’, nos deslocamos para as instituições de ensino para realizar palestras, dinâmicas e distribuímos para os alunos a cartilha informativa “Perguntas e Respostas sobre Violência Doméstica para Jovens e Adolescentes”, elaborada pela desembargadora Graça Figueiredo”, destaca a assistente social.

Autoridades

A solenidade de abertura da 31ª. edição também contou com a presença dos magistrados dos Juizados Especializados no Combate à Violência contra a Mulher da capital - juízas Ana Lorena Gazzineo e Ana Paula Braga Bussolo -; da secretária-geral e procuradora especial da Mulher da Assembleia Legislativa do Estado (Aleam), deputada estadual Alessandra Campelo; da secretária-geral da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Amazonas (OAB/AM), Omara Oliveira de Gusmão; do defensor público-geral do Estado, Raphael Barbosa; da ouvidora-geral do Ministério Público do Amazonas (MPE/AM), procuradora de Justiça Sílvia Abdala Tuma; da ouvidora eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral, Gisele Falcone Medina; da diretora de Ouvidoria do Tribunal de Contas do Estado (TCE/AM), Ana Paula Machado Andrade Aguiar; da secretária Executiva de Direitos Humanos da Sejusc, Gabriella Leonora Campezatto (representando o Governo do Estado); da vice-presidente da Associação dos Magistrados do Amazonas (Amazon), juíza Naia Moreira Yamamura; da delegada titular da Especializada em Crimes contra a Mulher, Patricia da Silva Santos Leão; da assessora parlamentar e representando a deputada estadual Maira Dias, Márcia Álamo; e da gerente educacional do Senac/AM, Daniele Mota Lima.

A Semana Justiça pela Paz em Casa é realizada com a participação do Ministério Público e da Defensoria Pública, que destacaram promotores de justiça e defensores para atuação nas audiências realizadas pelos magistrados e servidores do TJAM, e se concretiza, graças à atuação integrada da ampla rede de proteção composta também por Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Amazonas (OAB/AM), polícias Civil e Militar, Ronda Maria da Penha, Guarda Municipal Guardiã Maria da Penha, secretarias Estaduais e Municipais, instituições parceiras como CDL, Sebrae e Senac, universidades, coletivos sociais, ativistas indígenas e imprensa.

 

 

 

Paulo André Nunes

Fotos: Marcus Phillipe

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL - TJAM

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(92) 99316-0660 | 2129-6771

 

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