A atividade integrou as ações da “30ª. Semana Justiça pela Paz em Casa” e da Operação Shamar (ação nacional do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) que visa combater a violência doméstica e familiar contra a mulher, além de prevenir o feminicídio em todo o País).

As equipes multidisciplinares do 1º e 4º Juizados Especializados no Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher - “Juizados Maria da Penha” - realizaram na última segunda-feira (18/08) uma roda de conversa com as mulheres atendidas no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) do bairro Colônia Antônio Aleixo, na zona Leste da capital.

A atividade integrou as ações da “30ª. Semana Justiça pela Paz em Casa” e da Operação Shamar (ação nacional do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) que visa combater a violência doméstica e familiar contra a mulher, além de prevenir o feminicídio em todo o País) e contou com o apoio da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do Tribunal de Justiça do Amazonas (Cevid/TJAM) e da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

A roda de conversa contou com a participação de 20 mulheres, e nela foram abordados temas como a prevenção à violência contra a mulher; o conhecimento dos sinais (às vezes sutis) de abuso e de violência; sobre a denúncia, os procedimentos, os locais e canais de denúncia; o aprofundamento a respeito da compreensão a respeito da desigualdade de gênero, a fim de que se possa entender que a violência tem uma raiz mais profunda e que não é uma “briga de casal” (como parece ser pelo senso comum); orientação sobre os direitos com base na Lei Maria da Penha (especialmente sobre as medidas protetivas de urgência, pois salvam vidas); informações sobre as consequências da violência e alguns caminhos para o rompimento do ciclo de violência.

“Dialogamos ainda, através de dinâmica, sobre frases machistas ditas comumente no nosso cotidiano, e que buscamos desmistificar a fim de refletir e desconstruir a naturalização e banalização da violência contra a mulher. Frases como: ‘Tem mulher que dá motivo para apanhar’ banalizam a violência e passam a mensagem de que a violência pode ser justificada. E ‘Você nunca vai arranjar um marido agindo assim’ denota a informação de que a mulher precisa se encaixar num padrão ou num comportamento para ser aceita e respeitada. Esses padrões, geralmente estão relacionados aos papéis atribuídos às mulheres, reduzindo a um modelo ou padrão de comportamento que se considera adequado, desconsiderando a diversidade, as ‘mulheridades’, que são as diversas formas de expressar a identidade feminina”, explicou a assistente social do 1º Juizado Maria da Penha, Celi Cristina Nunes Cavalcante.

Além dela, atuaram na roda de conversa as estagiárias de Serviço Social, Ewilla Maria Paulain Pereira e Maria Clara Camurça, e a servidora da Cevid/TJAM, Luciane Oliveira da Cruz.

A Semana

A Semana Justiça pela Paz em Casa tem três edições por ano (em março, agosto e novembro). A realizada em agosto faz alusão ao aniversário de sanção da Lei Maria da Penha, sancionada em 7 de agosto de 2006 e, também, à ação “Agosto Lilás”, campanha de sensibilização para o combate a todas as formas de violência de gênero.
A ação é realizada com a participação do Ministério Público e da Defensoria Pública, que destacaram promotores de justiça e defensores para atuação nas audiências realizadas pelos magistrados e servidores do TJAM, e tem o apoio também da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AM).

Além das audiências judiciais, a semana também é marcada por uma série de atividades conduzidas pela Cevid/TJAM e pelas equipes multidisciplinares dos Juizados Maria da Penha, com a finalidade de orientar e mobilizar a sociedade sobre a temática, reforçar a divulgação dos canais de denúncia e combater as práticas que colocam o Brasil como um dos países com os maiores índices de violência contra a mulher.

#PraTodos Verem: Imagem que ilustra a matéria traz a foto da assistente social Celi Cavalcante, em pé, de camisa branca e calça preta, dialogando com o público formado por mulheres atendidas pelo CRAS do bairro Colônia Antônio Aleixo, na zona Leste da cidade. Na mesma imagem também aparece servidora da equipe multidisciplinar que participou da atividade.

Texto: Paulo André Nunes

Fotos: Acervo Juizados Maria da Penha

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL / TJAM

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