Consumo Consciente: Tribunal de Justiça do Amazonas fica em primeiro lugar entre os TJs estaduais no ranking de sustentabilidade do CNJ

Os dados nacionais constam no 5.º Balanço da Sustentabilidade do Poder Judiciário, apresentado na terça-feira em Brasília.


 Consumo Consciente1O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) ficou em primeiro lugar entre os tribunais estaduais brasileiros no Índice de Desempenho de Sustentabilidade (IDS), relativo ao ano de 2020, conforme o 5.º Balanço da Sustentabilidade do Poder Judiciário do Conselho Nacional de Justiça. A informação foi divulgada na tarde de terça-feira (29/06), durante o “VIII Seminário Estratégico Sustentável do Poder Judiciário”, realizado por videoconferência. Conforme o relatório, o TJAM obteve o melhor desempenho, com 67,9%, no ranking das ações sustentáveis, com uma variação positiva de 6,8 pontos percentuais em relação a 2019.

No quadro geral, considerando o percentual registrado por todos os tribunais avaliados – Tribunais Superiores e Conselhos; Federais; Estaduais; do Trabalho; Militares Estaduais e Eleitorais – o índice alcançado pela Corte amazonense foi o quarto melhor do País. A direção do TJAM – formada pelo desembargador Domingos Jorge Chalub (presidente); e pelas desembargadoras Carla Reis (vice-presidente) e Nélia Caminha Jorge (corregedora-geral de Justiça) – afirmou que esse resultado apontado pelo relatório demonstra que a Corte amazonense tem procurado manter-se alinhada com as recomendações do Conselho Nacional de Justiça e com as diretrizes globais que visam à melhor qualidade de vida do cidadão e das futuras gerações, por meio de políticas judiciárias e de controle administrativo-financeiro.

O desembargador Délcio Luis Santos, que coordena o Plano de Logística Sustentável do TJAM, reforçou que todas as ações do Poder Judiciário voltadas à promoção de um consumo consciente remetem aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que integram a Agenda 2030 das Organizações das Nações Unidas (ONU) e fazem parte do compromisso da Justiça brasileira. O magistrado lembrou, ainda, que o mundo vivencia uma situação ímpar com a pandemia de covid-19, situação esta que impôs novos métodos de trabalho, maior aproveitamento dos recursos da tecnologia da informação no dia a dia profissional e, portanto, há necessidade de cada vez mais o Judiciário estar preparado para acompanhar as mudanças, contribuindo para o fortalecimento de políticas que beneficiem a causa socioambiental.

Conforme o CNJ, o Balanço da Sustentabilidade avalia as despesas dos tribunais e conselhos com itens, como limpeza; água e esgoto; energia elétrica; contratos com motoristas; manutenção de veículos; impressões (de documentos); telefonia; compras de papel; compras de água envazada e copos descartáveis; vigilância; além de reformas realizadas, monitoradas pelo Plano de Logística Sustentável (PLS) de cada órgão. Em 2020, em todo os tribunais, os resultados refletiram o impacto da pandemia da covid-19, que trouxe a ampla adoção do trabalho remoto no Judiciário brasileiro, conforme destacou a diretora do Departamento de Pesquisas Judiciárias do CNJ, Gabriela Soares.

Segundo o relatório, o TJAM registrou economia de consumo de papel (1,1 resma per capita); de copos descartáveis de água e café (0,3 centos/pessoa); de embalagem mineral descartável per capita em 2020 (zero) – neste item, não foi considerado o consumo de água retornável (galão), em razão da existência de localidades com água imprópria para consumo; de redução acima de 80% de impressões per capita, saindo de 7.683.532 em 2019 para 1.440.905 impressões no ano passado; também houve redução de consumo de energia elétrica por área total em 2020 (30 kWh/m2); no item água e esgoto por área total, o consumo foi de 0,02 m3 no ano passado; e gastos com reforma (de pequeno porte e alterações de layout) por metro quadrado - R$ 11,00.

No item sobre a quantidade de participações em ações de qualidade de vida no ano passado, o TJAM registrou 166.046 participações, o segundo maior número entre os tribunais estaduais, perdendo apenas para o de Santa Catarina (TJSC), com 656.641 participações. Conforme o relatório do CNJ, mesmo com a pandemia, os tribunais procuraram promover ações aproveitando plataformas digitais, como YouTube, permitindo maior participação de servidores e servidoras, magistrados e magistradas, estagiários e estagiárias que estavam em home office.

A Corte amazonense também foi destacada no relatório no item que trata das ações de capacitação socioambiental, com 47 ações dessa natureza, as quais têm o objetivo de sensibilizar e conscientizar os colaboradores por meio de cursos, palestras, campanhas ou outras atividades educacionais. “Esse tipo de instrumento é essencial para o desenvolvimento de uma nova cultura organizacional alinhada com os propósitos socioambientais e sustentáveis. É por meio dessa prática que os órgãos podem melhorar seus indicadores e suas metas propostas nos seus planos de logística sustentável”, aponta o CNJ. Os tribunais que mais realizaram ações de capacitação socioambiental em 2020, de acordo com o IDS apurado, foram: TRT9 (95 ações); STJ (56 ações); TJRJ (53 ações); TJTO (52 ações); TRT8 (48 ações); TJAM (47 ações) e TRE/PR (46 ações).

Dados nacionais

O Poder Judiciário brasileiro registrou uma queda de 15,4% nos gastos referentes a contratos de vigilância; limpeza; água e esgoto; energia elétrica; motoristas; manutenção de veículos; impressões; telefonia; compra de papel; água envasada e copo descartável, em 2020, em comparação ao ano anterior. Com o impacto da pandemia causada pela covid-19, os tribunais aderiram ao trabalho remoto, resultando em redução significativa de todos os itens informados no Plano de Logística Sustentável (PSL). Segundo pesquisa do CNJ, em junho de 2020, apenas 10% dos servidores do Poder Judiciário estavam trabalhando de forma presencial, mesmo que em sistema de rodízio, e apenas 6% apresentavam incompatibilidade de execução de tarefas no regime de trabalho remoto. A nova realidade imposta pela pandemia resultou em economia de gastos e redução de consumo de todos os 11 itens do PLS analisados.

De acordo com o portal do CNJ, em 2020, houve economia de 28% no gasto com energia elétrica; 35% com água e esgoto; 24% com contratos de outsourcing (terceirização) de impressão; 61% com aquisição de papel; 60% no gasto consolidado com aquisição de água envasada descartável e retornável; 60% com aquisição de copos descartáveis; 18% com telefonia; 29% com manutenção de veículos; 13% com contratos de motoristas; 11% nos contratos de serviço de limpeza; 8% nos contratos de vigilância; e 8% nos gastos com reformas.

O valor gasto, ainda segundo o CNJ, pelos tribunais brasileiros com vigilância; limpeza; água e esgoto; energia elétrica; contratos com motoristas; impressões; telefonia; compras de papel; água envasada; copos descartáveis e reformas ficou em R$ 2.984.073.434, montante 15,4% menor do que em 2019. As maiores despesas, foram referentes a contratos de serviços de vigilância e limpeza que, juntos, corresponderam a 60% (R$ 1.793.407.885) do total informado no Plano de Logística Sustentável (PLS). Por outro lado, as menores despesas apresentadas foram com água envasada, copo descartável e papel, que representaram 0,7% (R$ 20.746.584) do total.

O 5.º Balanço Socioambiental registrou os dados de 118 órgãos, tribunais e seções judiciárias, divididos da seguinte forma: 27 tribunais de justiça; 27 tribunais regionais eleitorais; 24 tribunais regionais do trabalho; cinco tribunais regionais federais; 26 seções judiciárias; três tribunais de justiça militar; dois conselhos e quatro tribunais superiores.

 

 

Acyane do Valle e Terezinha Torres

Arte: Luís 

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