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Feira de Empreendedorismo LGBTQIAPN+ encerra o 1º Ciclo pelo Orgulho e pela Diversidade no Poder Judiciário

Evento reuniu instituições para debater o respeito às diferenças, os direitos da população LGBTQIAPN+ e ações de combate à discriminação.


FIRA TRT 11 LGBQIAPNO "1º Ciclo pelo Orgulho e pela Diversidade no Poder Judiciário do Amazonas" foi encerrado nesta sexta-feira (18), no Fórum Trabalhista de Manaus (FTM), com a realização da "Feira de Empreendedorismo LGBTQIAPN+" e ações de cidadania. A feira destacou a valorização da diversidade e o fortalecimento da autonomia econômica da população LGBTQIAPN+.

A abertura do evento ocorreu na quinta-feira (17), sob o slogan: "Construindo espaços de respeito, oportunidades e visibilidade para pessoas LGBTQIAPN+". A iniciativa foi promovida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 11.ª Região (TRT-11), em parceria com o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), o Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM), o Ministério Público do Amazonas (MPAM), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e o coletivo Empregay, - que reúne mais de cem empreendedores.

TJAM presente no combate à discriminação

O juiz Saulo Góes Pinto, membro da Comissão de Prevenção ao Assédio e à Discriminação do TJAM, destacou a importância da participação do Judiciário estadual. “A presença do Judiciário Estadual neste evento é socialmente importante em duas vertentes: primeiro, para a população do Amazonas saber que existe um espaço dentro do sistema de Justiça que se recusa a ser indiferente às discriminações contra pessoas LGBTQIAPN+; segundo, para garantir que os processos judiciais considerem a fragilidade estrutural que essa população enfrenta. A participação do TJAM é, portanto, simbólica e também jurídica, alinhada às diretrizes do CNJ”, ressaltou,

O magistrado — que também palestrou no evento — é autor do livro “A invisibilização da homotransfobia e seus impactos sociais no Amazonas”, resultado de pesquisas sobre casos de violência contra a população LGBTQIAPN+ em Parintins e Manaus.

Segundo ele, os crimes muitas vezes são registrados apenas como injúria, desconsiderando o contexto de violência motivada pelo ódio. “O Estado não recebe dados específicos sobre homotransfobia. Muitas vezes, a vítima sofre uma agressão homotransfóbica e o caso é registrado apenas como injúria. Dados oficiais registram homicídios como se fossem comuns, sem considerar quando há excesso de violência — como no caso de pessoas que recebem cinquenta facadas, o que revela ódio. O sistema não reconhece isso”, explicou.

Justiça social como compromisso institucional

Para Bernardo Victor Martins Alves Gomes, servidor do TRT-11 e integrante da equipe de organização do evento, uma das principais diretrizes da Justiça brasileira é a busca pela justiça social. “Entendemos que a Justiça não se limita à atividade processual. Nosso papel também é aproximar a população LGBTQIAPN+ das instituições que zelam pelos direitos das minorias e de todos os grupos sociais. Combatemos estereótipos que afastam essas pessoas de cargos de gestão ou do acesso a serviços, o que muitas vezes as alija de seus direitos”.

Arte, autismo e inclusão social

A estudante de Artes Visuais da Ufam, Brisa Rocha, de 22 anos, participou da feira integrando o Coletivo Arte Ocupa, projeto de extensão da Faculdade de Artes da Ufam.

Autista, Brisa destacou como a arte se tornou uma importante ferramenta de expressão e inclusão social para ela. “Assino minhas obras como ‘Ventinho’. Sou mulher cisgênero, bissexual e autista. Sempre tive dificuldade de socialização, e a arte me ajudou a me expressar melhor do que falando. Ao me integrar mais com a arte, passei a enxergar o autismo com menos estigma. A arte foi essencial para mim, quase como um salvamento”, disse.

 

 

#PraTodosVerem: A imagem mostra uma feira de empreendedorismo realizada em um ambiente fechado, amplo e bem iluminado. Em primeiro plano, uma mulher de cabelos longos e ondulados, com maquiagem brilhante no rosto, veste uma camiseta preta e está atrás de uma mesa coberta com toalha rosa. Sobre a mesa, há uma grande variedade de produtos coloridos, principalmente maquiagens, acessórios e itens de papelaria, dispostos em cestos e organizadores — a maioria em tons de rosa e lilás. À frente da banca, três mulheres observam os produtos e conversam com a expositora. Ao fundo, outras pessoas circulam pelo espaço.

 

 

Acesse o link abaixo para ver outras fotos do evento:
https://www.flickr.com/photos/tribunaldejusticadoamazonas/albums/72177720327639578

 

 

Texto: Sandra Bezerra | TJAM

Fotos: Chico Batata | TJAM

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL | TJAM
E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
(92) 99316-0660

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