Abertura do Ano Letivo da Esmam contou com audiodescrição, autodescrição e tradução em Libras.

Tendo como foco a inclusão, o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) intensificará a disponibilização de recursos de acessibilidade em seus eventos e programações. Com esta perspectiva, na última quarta-feira (18/02), a abertura do Ano Letivo da Escola Superior da Magistratura do Amazonas (Esmam) contou com os serviços de audiodescrição, autodescrição e tradução para a Língua Brasileira de Sinais (Libras).

A disponibilização das ferramentas de acessibilidade nos atos de comunicação em eventos e programações, assim como em seus conteúdos audiovisuais divulgados em plataformas eletrônicas, é uma prioridade para atual gestão do TJAM. As iniciativas são fomentadas pela Comissão de Acessibilidade e Inclusão da Corte com a participação de setores como a Assessoria de Comunicação Social do Tribunal.

Além dos recursos de audiodescrição, autodescrição e tradução em Libras, a ferramenta de legendas em vídeos institucionais também estão sendo utilizadas pelo Judiciário Estadual. Todos estes recursos são empregados em atenção, sobretudo à Resoluções nº 401/2021 e à Recomendação nº 144/2023, ambas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

A Resolução nº 401/2021 dispõe sobre o desenvolvimento de diretrizes de acessibilidade e inclusão de pessoas com deficiência nos órgãos do Poder Judiciário e a Recomendação nº 144/2023 sugere aos tribunais, o uso da linguagem simples nas comunicações e atos que editem.

Nos últimos anos, o Tribunal de Justiça do Amazonas tem se destacado no cumprimento das exigências do CNJ no que tange à comunicação acessível, com o Poder Judiciário Estadual conquistando, por exemplo, o Selo “Linguagem Simples” instituído em 2024 e atingindo os índices de acessibilidade necessários para a conquista do Selo Diamante nos prêmios CNJ de Qualidade dos anos de 2023 e 2024.

Sob a condução da desembargadora Onilza Abreu Gerth, a Comissão de Acessibilidade e Inclusão do TJAM tem realizado reuniões periódicas e, a exemplo dos serviços disponibilizados nesta semana no evento de abertura do Ano Letivo da Esmam, a Comissão já coloca em prática as iniciativas previstas em seu plano de ações para o biênio 2025/2026.

Trabalho de referência

No evento de abertura do Ano Letivo da Esmam, além do trabalho realizado pela equipe de tradutores em Libras – equipe vinculada à Divisão de Inclusão, Acessibilidade e Sustentabilidade/TJAM – e de autodescrição – realizada pelos mestres de cerimônia do evento – vinculados à Assessoria de Cerimonial/TJAM e da Esmam – um dos diferenciais foi a disponibilização do recurso de audiodescrição.

A audiodescrição foi realizada pela profissional Amanda Bulcão, integrante da Assessoria de Comunicação Social do TJAM.

Conforme Amanda Bulcão, a audiodescrição consiste em um recurso de acessibilidade para que pessoas cegas ou com baixa visão possam compreender, com mais facilidade o que é exposto em um evento ou programação. “Pela audiodescrição, narramos o que acontece em um determinado ambiente ou programação. Por meio desta narração – que em se tratando de evento, é realizada em intervalos de tempo de modo a não prejudicar a explanação de um palestrante – buscamos indicar aos espectadores, os principais elementos presentes neste ato: sejam esses elementos objetos, personalidades e movimentos. Dessa forma, estes espectadores conseguem captar o que, visualmente, não conseguem por conta de suas limitações visuais”, explicou.

A profissional Amanda Bulcão já realizou o mesmo serviço de audiodescrição em eventos anteriores do Tribunal de Justiça do Amazonas e, segundo ela, o trabalho é desafiador e imprescindível. “Digo que é desafiador pois se levarmos em consideração que ‘uma imagem vale mais que mil palavras’ somos (os audiodescritores) aqueles e aquelas que vamos traduzir em palavras aquilo que uma pessoa não consegue enxergar. Digo que este trabalho, além de desafiador é imprescindível, pois o ideal é que as instituições busquem ser inclusivas e isto o Judiciário do Amazonas tem buscado”, acrescentou.

A abertura do Ano Letivo da Esmam foi realizado na última terça-feira (18/02) com programações realizadas de forma online (pela parte da manhã) e de forma presencial (na parte da tarde). O evento presencial – que contou com os recursos de audiodescrição, autodescrição e de tradução em Libras – foi realizado no auditório Des. Artur do Carmo Ribeiro, em Manaus. A programação foi presidida pelo diretor da Esmam, desembargador Flávio Pascarelli.

Para saber mais

Audiodescrição: É um recurso que traduz imagens em palavras, possibilitando que pessoas cegas ou com baixa visão consigam compreender conteúdos audiovisuais ou imagens estáticas. O recurso é direcionado a pessoas cegas (ou com baixa visão), mas pode beneficiar outros públicos, tais como pessoas idosas.

Autodescrição: Refere-se à prática de apresentadores (ou mestres de cerimônia) descrevendo a si mesmos e seus arredores para o benefício daqueles que são cegos ou possuem baixa visão. O objetivo é fornecer uma imagem mais compreensível do ambiente e/ou das pessoas que participam de um determinado evento, aumentando sua compreensão e engajamento.

Tradução em Libras: Refere-se ao processo de converter conteúdos falados ou escritos para a Língua Brasileira de Sinais (Libras), podendo abranger: a tradução de documentos, de vídeos, de palestras e outros conteúdos audiovisuais. A tradução em Libras é fundamental para garantir que informações sejam acessíveis a pessoas surdas, favorecendo a compreensão e participação destas em eventos e permitindo a estas, a aquisição de informações.

#PraTodosVerem: Na imagem principal que ilustra a matéria, o registro fotográfico da profissional da Assessoria de Comunicação Social do Tribunal de Justiça do Amazonas, Amanda Bulcão, durante o procedimento em que esta realiza a audiodescrição do evento de abertura do Ano Letivo da Esmam. A profissional usa um vestido colorido (com detalhes nas cores: branca, laranja, verde e preta). Ela, na imagem, aparece sentada tendo à sua frente uma mesa na cor preta e um microfone, igualmente na cor preta. Na sala onde o registro fotográfico foi realizado há um profissional do Poder Judiciário operando o sistema de imagem e som. Ele tem um notebook à sua frente; usa óculos e camisa na cor azul-marinho. No ambiente consta, também, um aparelho televisor.

Texto: Afonso Júnior

Fotos: Chico Batata

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL / TJAM
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