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Corregedoria Nacional de Justiça e Corregedoria-Geral de Justiça do Amazonas assinam acordo de cooperação técnica para reforçar o combate à violência de gênero

Projeto-piloto será desenvolvido no Amazonas e a formalização da parceria ocorre em um momento de escalada nos casos de feminicídio no País.


17 sessão ordinária do CNJ Foto Luiz Silveira CNJ 

Acervo CGJ AM 17 sessão ordinária do CNJ

Em sessão ordinária do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) ocorrida na última terça-feira (9/12), a Corregedoria Nacional de Justiça anunciou o estabelecimento de um acordo de cooperação técnica com a Corregedoria-Geral de Justiça do Amazonas (CGJ-AM) para fortalecer e qualificar a política nacional de enfrentamento contínuo a todas as formas de violência contra a mulher. A formalização da parceria ocorre em um momento de escalada nos casos de feminicídio no país e o projeto-piloto será desenvolvido no Amazonas.

Durante a sessão, ao anunciar o acordo de cooperação, o corregedor nacional de Justiça, Ministro Mauro Campbell Marques, afirmou que a iniciativa tem como propósito intensificar as políticas de combate e enfrentamento à violência de gênero. “Celebramos um termo de cooperação técnica firmado entre a Corregedoria Nacional de Justiça e a Corregedoria-Geral de Justiça do Amazonas, tendo como propósito reforçar e qualificar a política nacional de enfrentamento contínuo a todas as formas de violência contra a Mulher. A formalização dessa parceria ocorre, justamente, em dias marcados por estarrecedores casos brutais de violência contra a mulher”, afirmou o Ministro Mauro Campbell Marques.

O corregedor nacional de Justiça mencionou, em discurso durante a sessão, que cerca de 3,5 milhões de mulheres no Brasil já foram vítimas de violência doméstica e familiar. “Recentemente foi aprovado pelo Senado, projeto de lei que criminaliza a conduta da misoginia equiparando-a ao crime de racismo. Não podemos nos calar enquanto sistema de Justiça e como homens que majoritariamente o compõem em face desta triste e grave realidade”, citou.

Destacando os objetivos do acordo de cooperação técnica, o Ministro Mauro Campbell Marques informou que a partir do projeto-piloto que será desenvolvido no Amazonas, a iniciativa será disseminada nacionalmente com a posterior adesão dos demais tribunais do País. “Gerando: o fortalecimento da rede de proteção à Mulher; a melhoria na coleta e análise de dados sobre violência de gênero; o aprimoramento da atuação dos serviços judiciais e extrajudiciais; e o estímulo à capacitação continuada dos agentes envolvidos”, citou o corregedor nacional de Justiça.

No plenário do CNJ, finalizando o anúncio da celebração do acordo de cooperação técnica, o Ministro Mauro Campbell Marques salientou a importância da colaboração do Poder Judiciário do Estado do Amazonas no projeto. “Deixo aqui meus sinceros tributos e agradecimentos ao Tribunal de Justiça do meu estado, nominadamente ao desembargador presidente, Jomar Fernandes e ao desembargador corregedor, José Hamilton Saraiva dos Santos, bem como ao juiz-corregedor auxiliar, Igor Campagnolli por sua presteza e disponibilidade que tornaram possível esse termo de acordo”, concluiu o Ministro, realçando, de igual maneira, o trabalho da equipe do Conselho Nacional de Justiça que no âmbito desta política pública teve as ações lideradas pela juíza-auxiliar, Roberta Ferme.

Atendimento

O acordo regulamenta, em âmbito estadual, protocolos específicos para atendimento às vítimas e estrutura canais de denúncia, conforme previsto no Provimento n.º 201/2025. O texto também estabelece diretrizes para casos que envolvam magistrados, servidores do Judiciário, notários e registradores que atuam por delegação pública. O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) desenvolverá o projeto-piloto da política.

Segundo o Ministro Mauro Campbell Marques, a normativa foi elaborada a partir da análise de diversas denúncias recebidas diariamente pela Corregedoria Nacional, seja pelo canal criado pelo Provimento n.º 147/2023, seja pela Ouvidoria Nacional da Mulher. Em geral, os relatos apontam falhas na aplicação do Protocolo de Julgamento de Perspectiva de Gênero.

O acordo prevê ainda a criação de um sistema para acompanhamento seguro e organizado das representações por violência contra a mulher. O sistema será estruturado em um painel de Business Intelligence (BI), com dados detalhados e atualizados, baseados em indicadores definidos em conjunto com a Corregedoria Nacional.

Também está previsto que a Corregedoria Nacional tenha acesso remoto ao painel ou receba periodicamente extrações de dados em formato padronizado, sempre em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados. Outro ponto importante do acordo é a realização de capacitações e treinamentos contínuos para magistrados e servidores.

 

Texto: Afonso Júnior
(Com informações do portal do CNJ)
Foto 1: Luiz Silveira/CNJ
Foto 2: Acervo CGJ-AM

Setor de Comunicação Social da Corregedoria-Geral de Justiça do Amazonas
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