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ENCOGE - Painéis temáticos no segundo dia do encontro abordam linguagem simples, inovação e projetos para o Judiciário

Os palestrantes trouxeram dados atuais para os debates e experiências que vem sendo desenvolvidas nos estados.


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As palestras, ministradas pela manhã, durante o segundo dia do 93.º Encoge, foram transmitidas pelo canal do TJTO no Youtube. 

O uso da linguagem simples no Judiciário, foi o assunto do primeiro painel temático: TJPI Descomplica, na manhã desta quinta-feira (25/4), durante o segundo dia de programação do 93 Encontro Nacional dos Corregedores-Gerais da Justiça (ENCOGE). O corregedor, desembargador Olímpio José Passos Galvão, e o juiz de direito Thiago Aleluia, ambos do Tribunal da Justiça do Piauí, apresentaram as técnicas da linguagem simples aplicadas em modelos de mandados, citações, usados pelo Tribunal do Piauí. “ Nosso Poder Judiciário é marcado por padrões modelos tradicionais e uma linguagem super rebuscada, há séculos repetimos a forma de se vestir, comunicar, escrever. A gente tem que avançar, pensar numa linguagem direta, fácil para o destinatário final que é o jurisdicionado”, disse o juiz Thiago Aleluia. Ele acrescentou, “nosso projeto não é apenas pegar páginas em branco de um mandado judicial e dar formas, colorir; nosso papel aqui é aproximar o cidadão do Poder Judiciário, aprimorar a comunicação jurídica, então utilizamos, imagens, vídeos didáticos para facilitar a comunicação do poder Judiciário com o cidadão”.

Os dados apresentados revelam resultados positivos pelo utilização da linguagem simples. Em apenas quatro meses desde o lançamento do "TJPI Descomplica", houve uma redução significativa de 32% no número de atendimentos, enquanto a taxa de acordos aumentou em 64%. Este projeto inovador incorpora o conceito de "Visual Law", facilitando a compreensão através de elementos visuais. A ideia do projeto surgiu no interior do Piauí “visitando uma das nossa comarcas no Norte, Luzilândia, encontramos o Descomplica, aperfeiçoamos, com uma equipe formada por três servidores e passamos a usar no nosso Tribunal e tem nos auxiliado na redução do acervo de processos e sem custos adicionais”, pontuou o desembargador Olimpio.

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Para o debatedor, juiz auxiliar da Corregedoria-geral da Justiça do Tocantins, Ariostenis Guimarães Vieira, o diálogo eficiente e as ações para que ele aconteça é muito importante. “O Pacto Nacional pela Linguagem Simples é mais uma tentativa de sinalizar um caminho a ser percorrido por todos e todas no nosso Tribunal, seguindo essa linha, há esforços em construção, foi lançado recentemente o programa SimplesToc que busca a formação de agentes de linguagem simples, por isso em qualquer ação que nos aproxima da sociedade nos faz ser compreendido no diálogo, é algo que nos move”, destacou.

A Inteligência Artificial e o Judiciário

No painel sobre "Inteligência Artificial Generativa e o Judiciário", o Desembargador Marco Villas Boas compartilhou com os corregedores-gerais de Justiça os resultados do Projeto Hórus. Este projeto, desenvolvido durante os últimos meses na Escola Superior da Magistratura Tocantinense (Esmat), em parceria com a Universidade de São Paulo (USP) e a Startup Taqui, foca na utilização da IA Generativa no Poder Judiciário.

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O desembargador Villas Boas destacou que a Inteligência Artificial Generativa (IAG) pode ser útil na produção de relatórios, resumos de documentos e minutas de decisões em casos simples e repetitivos. No entanto, é necessário um controle rigoroso para evitar vieses indesejáveis, pois a IAG se baseia em banco de dados utilizados . “Justamente por isso, não se pode utilizar IAG em matéria penal, tampouco em plataformas de acesso livre, em ambiente aberto, como o ChatGPT, o Gemini, e outras plataformas já disponíveis para uso geral da população. As primeiras experiências são animadoras, e prometem agilizar a tramitação de processos e diminuir consideravelmente os acervos dos gabinetes”, considerou. O professor Luciano Araujo, pesquisador da USP, complementou “é uma satisfação mostrar aqui essa iniciativa, uma cooperação da Universidade de São Paulo, do TJTO e da Esmat, sobre o potencial do que pode ser feito por meio dessa impactante inovação, uma ação inédita, e que vai muito além do que se fala sobre a utilização de IA. A gente precisa de uma ferramenta que processe documentos em larga escala, que dê transparência, que nos dê a confiabilidade de decidir, concordando ou não com a sugestão que foi apresentada pela IA Generativa,” afirmou.

 

Leia mais sobre este tema aqui!

 

Projetos da Corregedoria Nacional da Justiça

O Painel Temático 3 destacou os projetos da Corregedoria Nacional da Justiça, incluindo Solo Seguro, Registre-se e Um Só Coração. Durante a apresentação, o Juiz Auxiliar da CGJUS/TO, Esmar Custódio Vêncio Filho, enfatizou os esforços conjuntos dos tribunais e das suas corregedorias para alcançar ações bem-sucedidas, destacando a crescente humanização dessas instituições. Ele apresentou as expositoras, a conselheira do CNJ e juíza federal Daniela Pereira Madeira, juntamente com as juízas auxiliares da Corregedoria Nacional da Justiça/CNJ, Lis Rezende de Andrade e Carolina Ranzolin Nerbass.

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Projetos indeializados pelo CNJ foram apresentados no 93.º Encoge.

Registre-se

“Dentro do Conselho Nacional da Justiça (CNJ), a resolução 395 instituiu políticas públicas de inovação, e inovação não é só aprimoramento tecnológico dentro do Poder Judiciário e sim para comunidade como todo”. O Registre-se é uma das inovação dentro da Corregedoria com atenção para os vulneráveis, disse a conselheira do CNJ Daniela. A juíza auxiliar Carolina Ranzolin , lembrou que o Registre-se assim como outros programas nasceram de diretrizes estratégicas, enfatizando a finalidade, “objetivo do Registre-se é erradicar o sub-registro civil e alcançar a população vulnerável com documento civis básicos para que possa ter cidadania e alcançar formas mais eficientes de viver. Em 2023 tivemos a primeira atuação, com a Semana Nacional do Registro Civil, com quase 100 mil atendimentos”. E complementou que na Segunda Semana Nacional do Registro Civil, que ocorrerá entre os dias 13 e 17 de maio, tem como meta principal atender a população em situação de rua, população dos povos originários (povos indígenas), a população ribeirinhas, os refugiados e a população carcerária e que conta com parceiros especializados.

Solo Seguro

O programa Solo Seguro é desenvolvido na região da Amazônia Legal e tem como objetivo a regularização fundiária urbana e rural de imóveis. “A regularização fundiária está em pauta em todas as Corregedorias que busca evitar litígio e garantir uma moradia justa” disse a conselheira Daniela. A juíza auxiliar Liz Rezende lembrou que o programa foi implementado pelo Ministro Luis Felipe Salomão pelo provimento 144 de 2023 que instituiu o programa permanente de regularização fundiária e também a Semana do Solo Seguro nos 9 estados da Amazônia Legal, com desenvolvimento de diversas ações com esforços concentrados no mês de agosto.

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Apresentação sobre a Semana Nacional de regularização Fundiária - Solo Seguro.

 

“O foco na Amazônia Legal foi devido a diversos problemas de conflitos fundiários, de grilagem de terra verificados e reportados à Corregedoria Nacional”. O objetivo é a segurança jurídica, estímulo em investimentos nos imóveis regularizados, inclusão social, recolhimento de imposto, ordenamento territorial e preservação ambiental``. complementou a juíza Lis Rezende. Lembrando que na primeira semana do solo seguro realizado em 2023, mais de 31 mil títulos registrados foram entregues e realizadas atividades acadêmicas.

E acrescentou, “devido o sucesso desse programa foi instituído pelo provimento 158/2023 - Solo Seguro Favelas, que teve como alvo as favelas do Brasil, direcionado aos núcleos urbanos informais, caracterizado por vulnerabilidade social, infraestrutura urbana. O objetivo, não só a entrega de títulos aos ocupantes da favela, mas especialmente articulação com o poder público municipal e estadual, conforme o caso, empreender medidas urbanística, jurídicas, ambientais e sociais, para incorporar esses núcleos urbanos informais ao ordenamento territorial urbano” finalizou a juíza Lis Rezende.

Um Só Coração

Iniciado na Corregedoria do Rio Grande do Sul o projeto Um Só Coração foi potencializado por meio do CNJ por meio do provimento 164 - Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos tecidos e Partes do Corpo Humano (AEDO), que busca facilitar a manifestação de vontades de quem quer doar os seus órgãos. “Em menos de dez dias tivemos mais de três mil autorizações o que revela o sucesso e a potencialidades dentro das corregedorias não só locais mais do CNJ” , disse a conselheira do CNJ, juíza Daniela.

A simplificação é realizada digitalmente através de um tabelionato de notas, utilizando um aplicativo desenvolvido pelo CNJ em colaboração com o Ministério da Saúde e o Colégio Notarial. O objetivo é garantir que a informação chegue rapidamente à ponta, na forma de declarações de vontade.A iniciativa visa disponibilizar informações às centrais de doação de órgãos e aos médicos no momento crucial de conversar com as famílias, especialmente quando há urgência para autorizar um transplante.

Outras ações e programas da Corregedoria Nacional também foram abordadas durante as apresentações, como SerpJud, RenovaJud , Novos Caminhos, para atendimento de jovens que estão pra sair da casas de acolhimentos.

 

#PraTodosVerem: A matéria é ilustrada por várias fotos, publicadas ao longo do texto, sendo que a que abre o texto mostra momento da conferência em uma sala grande e bem iluminada. No local, há várias mesas dispostas em formato de "U" ao redor das quais muitas pessoas estão sentadas. Há muitos laptops e papéis sobre as mesas, além de copos de água e xícaras de café. Alguns participantes estão atentos ao que está sendo apresentado, enquanto outros estão fazendo anotações ou lendo. Na parede, no lado esquerdo da imagem, há uma fileira de bandeiras dos estados brasileiros participantes da conferência. Há um palco elevado, ao fundo, com um púlpito onde um homem (vestido com um paletó cinza) está discursando, e um telão grande atrás dele, no qual pode-se ler "Encontro Nacional dos Corregedores-Gerais da Justiça - 93.º ENCOGE; Corregedorias dos Tribunais de Justiça: Diálogos, Transparçencia e Inovação para Solução de Conflitos". Câmeras ao fundo revelam que o evento estava sendo documentado. Fim da descrição.

 

Texto: Heloísa Dantas | CGJ/TO

Fotos: Elias Oliveira | TJTO

 

Setor de Comunicação Social Corregedoria-Geral de Justiça do Amazonas (CGJ-AM)
(92) 2129-6672
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