O projeto segue em andamento até dezembro deste ano.
O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), por meio da Escola Judicial (Ejud), em parceria com a Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cevid) e a Assessoria de Comunicação Social do Tribunal, realizou, na manhã desta quarta-feira (23), o 5.º encontro do projeto “Gênero em Foco”, na sala de aula da EJUD, localizada no 3° andar, 3° setor do Fórum Henoch Reis, situado na avenida Paraíba, s/n, bairro São Francisco.
O projeto Gênero em Foco foi Idealizado pelas equipes dos “Juizados Maria da Penha” e tem como objetivo capacitar os servidores do Tribunal e de instituições parceiras para que possam reconhecer, enfrentar e combater a violência doméstica, oferecendo conhecimentos de forma teórica e prática sobre questões de legislação, gênero, protocolos de atendimento, rede de apoio e formas de proteção às mulheres sobreviventes de violências.
A formação, que contou com a participação de 30 servidores do Judiciário e de órgãos externos, teve como palestrantes a psicóloga do Tribunal, Suzy Guimarães, e a assistente social do TJAM, Hillene Freitas, que abordaram a importância do cuidado com a saúde mental de quem trabalha com a proteção de mulheres.
De acordo com a assistente social, Hillene Freitas, ainda na fase de construção do projeto, foi idealizado que, além de trabalhar conceitos importantes sobre o tema da violência de gênero, era necessário abordar a saúde mental do trabalhador, considerando as especificidades da atuação dos profissionais no atendimento de mulheres em situação de violência.
“É uma oportunidade de promovermos espaço de fala sobre essas peculiaridades e propor práticas de autocuidado, suporte mútuo e estratégias para a manutenção do bem-estar emocional, a fim de contribuirmos para o fortalecimento da resiliência e a capacidade de atuação dos profissionais da rede”, afirmou a servidora.
A psicóloga do TJAM, Suzy Guimarães, destaca que “os profissionais alocados nos serviços de enfrentamento à violência são testemunhas de relatos permeados por agressões que suscitam ansiedade, angústia, impotência e até mesmo danos para a saúde emocional e física deste servidor”.
E reitera que a implementação das práticas de autocuidado entre os profissionais de atendimento à mulheres em situação de violência é promovida nos níveis individual e coletivo, visto que “um ambiente de trabalho saudável promove o bem-estar, reduz o estresse e melhora o desempenho e gera um impacto positivo nas instituições, contribuindo para uma cultura de apoio e resiliência”.
Com dois encontros restantes no ano de 2024, a primeira etapa deste projeto se estende até dezembro. Para aqueles que desejam fazer parte do projeto, as inscrições para as novas turmas estão previstas para começar ainda nos primeiros meses do ano de 2025.
Texto e foto: Nicolle Brito | Ejud
#ParaTodosVerem: a imagem que ilustra a matéria mostra as participantes sentadas, em roda, ouvindo a palestrante, que está de pé no meio da sala, de camisa azul e calça jeans branca.