A homenagem foi realizada no Centro Cultural Palácio da Justiça, nesta sexta-feira, 20/10.
A Escola Superior da Magistratura do Amazonas (ESMAM), prestou homenagem à Desembargadora Maria das Graças Pessoa Figueiredo, nesta sexta-feira, 20/10, durante a solenidade de premiação do "V Concurso de Júri Simulado - Desembargador Aristóteles Lima Thury", no Centro Cultural Palácio da Justiça. A homenagem é um ato de reconhecimento pela importância histórica e pioneira de sua trajetória no judiciário do Amazonas.
A Desembargadora Maria das Graças Pessoa Figueiredo foi a primeira mulher a presidir um júri na Comarca de Manaus, abrindo caminho para a participação ativa das mulheres em posições de liderança e influência no sistema judiciário local. Essa homenagem ressalta não apenas a sua notável carreira, mas também o papel fundamental na promoção da igualdade de gênero e na quebra de barreiras de gênero no campo jurídico.
A solenidade de premiação do V Concurso de Júri Simulado da ESMAM se tornou um momento emblemático para celebrar a dedicação e a coragem da Desembargadora Maria das Graças Pessoa Figueiredo, além de inspirar as futuras gerações de mulheres que almejam uma carreira na magistratura e em áreas jurídicas. A ESMAM reconhece e enaltece o legado da Desembargadora como um exemplo de conquista e superação no âmbito da justiça no Amazonas.
“Estou muito alegre com o sucesso alcançado no Júri simulado e também por poder homenagear a Desembargadora Graça Figueiredo. Mas por que essa homenagem? Ela foi a primeira mulher a presidir um tribunal do júri no Amazonas. Se hoje ainda é difícil para as mulheres, na advocacia, na magistratura, imaginem lá atrás quando tiveram que ser pioneiras. Graça foi pioneira, presidiu com muita altivez o tribunal e é lembrada até hoje”, destaca o Desembargador e diretor da Esmam, Flávio Humberto Pascarelli Lopes.
“Foi na década de 80, eu tinha 27 anos quando fui presidente do tribunal do júri, designada pela presidência da época, Paulinho Gomes, e fiquei indecisa se aceitava ou não”, relembra a Desembargadora Maria das Graças Pessoa Figueiredo.
A Desembargadora Graça Figueiredo, relembra, ainda, o seu primeiro julgamento que ficou marcado na história da sua carreira, quando julgou um caso de feminicídio.
“Sendo a primeira mulher a presidir o tribunal do júri, foi um desafio muito grande, mas houve muitos júris emocionantes. Lembro-me de um caso emblemático, que foi o primeiro júri que presidi: era um caso de feminicídio, um homem havia matado uma mulher. Conseguimos condená-lo, mas antes da sentença, que naquela época era escrita a mão, quando eu estava prestes a ler a sentença, ele se levantou e disse: 'Eu não vou cumprir ordens de mulher, não vou ser preso por uma mulher.' Como já era madrugada, eu pretendia levá-lo para a cadeia, somente no dia seguinte, mas decidi chamar o policial e disse: 'Leva ele agora para a penitenciária”, contou a Desembargadora Graça.
Foto: Chico Batata
Natanael Maricaua - Estagiário, sob a supervisão e edição de Ramiro Neto
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