A Escola Superior da Magistratura do Amazonas-ESMAM, mais uma vez se junta às instituições públicas e privadas na luta pelo combate ao câncer de mama, contribuindo para disseminar e compartilhar informações sobre a doença, a fim de reduzir a mortalidade e proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento , apoiando todas as inciativas e campanhas do “Outubro Rosa” dentro de sua área de atuação.
Outubro Rosa
A campanha de saúde, criada no começo da década de 1990, tem como símbolo da prevenção ao câncer de mama um laço rosa, símbolo criado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure e distribuído aos participantes da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York (EUA). A cor rosa representa um alerta às mulheres para que façam o autoexame e, a partir dos 50 anos, a mamografia, a fim de prevenir a doença.
O “Outubro Rosa” visa conscientizar sobre o câncer de mama, uma doença causada pela multiplicação desordenada de células anormais da mama, que formam um tumor com potencial de invadir outros órgãos. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a doença ocupa a primeira posição em mortalidade por câncer entre as mulheres no Brasil e possui as maiores taxas de incidência e de mortalidade nas regiões Sul e Sudeste do País.
Em 2020, o número de mortes pela doença foi de 18.295, sendo 18.068 mulheres e 227 homens. A estimativa de novos casos é de 66.280, em 2021. Diversos fatores estão relacionados ao aumento do risco de desenvolver a doença, tais como: idade, fatores endócrinos/história reprodutiva, fatores comportamentais/ambientais e fatores genéticos/hereditários.
Autoexame
O autoexame com frequência mensal é também muito importante, pois permite à mulher conhecer sua própria mama. Caso surjam algumas alterações como nódulos, mudança nos contornos da mama e secreção pelo mamilo, a orientação é procurar um médico.
A avaliação deve ser realizada com frequência mensal. Quem menstrua deve fazer o autoexame logo após a menstruação, pois a mama está mais flácida e menos dolorida. Quem já não menstrua, deve escolher uma data no mês para a realização.
Cerca de 13% dos casos de câncer de mama em 2020 no Brasil (aproximadamente, 8 mil ocorrências) poderiam ser evitados pela redução de fatores de risco relacionados ao estilo de vida, em especial, da inatividade física. Além disso, quase 13% dos gastos federais do SUS em 2018 com o tratamento de câncer de mama (R$102 milhões) seriam poupados pela redução de fatores de risco comportamentais, mais uma vez com atenção especial à atividade física, que detém a maior fração (5%) dos casos de câncer de mama evitáveis pela adoção da prática.
Os dados foram divulgados na pesquisa Número de casos e gastos com câncer de mama no Brasil atribuíveis à alimentação inadequada, excesso de peso e inatividade física, elaborada pela Coordenação de Prevenção e Vigilância (Conprev) do INCA e apresentada durante webinar (seminário virtual) de abertura do Outubro Rosa deste ano, transmitido pela TV INCA.
O levantamento faz parte de um estudo mais amplo que estimou o impacto da má alimentação, do consumo de álcool, do excesso de peso, da inatividade física e do não aleitamento materno, em 2008, nos casos de câncer de 2020, e nos gastos do SUS, em 2018.
Entre os desafios para uma mudança de cenário está o fato de 28% das mulheres espalhadas por 20 países não perceberem a ausência de atividade física como um fator de risco para o câncer, segundo pesquisa de 2020 da União Internacional para o Controle do Câncer.
A redução do número de mortes por cânceres mais incidentes, como os de mama e do colo do útero, é um dos compromissos do Brasil na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. O objetivo é reduzir as taxas de morte de câncer de mama de 30% para 16%.
Mas as projeções apontam para a manutenção da taxa em 26%. Especificamente por região "existe uma expectativa de decréscimo na região Sudeste; no Sul, a gente tem uma estabilidade. A previsão [de mortalidade precoce] e que ela aumente nas regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte”, informou Marceli de Oliveira Santos, da Conprev em sua apresentação "Panomara Epidemiológico do Câncer de Mama no Brasil".
O secretário de Atenção Primária à Saúde (Saps) do Ministério da Saúde, Raphael Câmara Medeiros Parente, disse que sua pasta planeja ações específicas para o Norte do País. Ele citou a Ilha de Marajó, no Pará, como uma região cujas mulheres receberão atenção especial para o controle do câncer de mama e do colo do útero.
A doença que atingiu mais de 2,3 milhões de mulheres no mundo todo só no ano passado, com o maior índice de mortes, tem alta chance de cura quando descoberto precocemente. A partir deste 1º de outubro, o Ministério da Saúde reforça o alerta para prevenção ao câncer de mama. A campanha do Outubro Rosa, tradicional mês de conscientização sobre a doença, começou na sexta-feira, 1º de outubro, um webnário do Instituto Nacional de Câncer (INCA).
O evento online foi gravado e está registrado no YouTube do Ministério da Saúde.
Assista aqui: https://www.youtube.com/c/MinSaudeBR
Tira-dúvidas
O que é?
É o tipo de câncer mais frequente na mulher brasileira. Nesta doença, ocorre um desenvolvimento anormal das células da mama, que multiplicam-se repetidamente até formarem um tumor maligno.
Como a mulher pode perceber a doença?
O sintoma do câncer de mama mais fácil de ser percebido pela mulher é um caroço no seio, acompanhado ou não de dor. A pele da mama pode ficar parecida com uma casca de laranja; também podem aparecer pequenos caroços embaixo do braço. Deve-se lembrar que nem todo caroço é um câncer de mama, por isso é importante consultar um profissional de saúde.
Como descobrir a doença mais cedo?
Toda mulher com 40 anos ou mais de idade deve procurar um ambulatório, centro ou posto de saúde para realizar o exame clínico das mamas anualmente, além disso, toda mulher, entre 50 e 69 anos deve fazer pelo menos uma mamografia a cada dois anos. O serviço de saúde deve ser procurado mesmo que não tenha sintomas!
O que é o exame clínico das mamas?
É o exame das mamas realizado por médico ou enfermeiro treinado para essa atividade. Neste exame poderão ser identificadas alterações nas mesmas. Se for necessário, será indicado um exame mais específico, como a mamografia.
O que é mamografia?
È um exame muito simples que consiste em um raio-X da mama e permite descobrir o câncer quando o tumor ainda é bem pequeno.
O que pode aumentar o risco de ter câncer de mama?
Se uma pessoa da família – principalmente a mãe, irmã ou filha – teve essa doença antes dos 50 anos de idade, a mulher tem mais chances de ter um câncer de mama. Quem já teve câncer em uma das mamas ou câncer de ovário, em qualquer idade, também deve ficar atenta. As mulheres com maior risco de ter o câncer de mama devem tomar cuidados especiais, fazendo, a partir dos 35 anos de idade, o exame clínico das mamas e a mamografia, uma vez por ano.
O auto-exame previne a doença?
O exame das mamas realizado pela própria mulher, apalpando os seios, ajuda no conhecimento do próprio corpo, entretanto, esse exame não substitui o exame clínico das mamas realizado por um profissional de saúde treinado. Caso a mulher observe alguma alteração deve procurar imediatamente o serviço de saúde mais próximo de sua residência. Mesmo que não encontre nenhuma alteração no auto-exame, as mamas devem ser examinadas uma vez por ano por um profissional de saúde!
O que mais a mulher pode fazer para se cuidar?
Ter uma alimentação saudável e equilibrada (com frutas, legumes e verduras), praticar atividades físicas (qualquer atividade que movimente seu corpo) e não fumar. Essas são algumas dicas que podem ajudar na prevenção de várias doenças, inclusive do câncer.
Outra fonte confiável e interessante de informações é a Cartilha criada pelo INCA
Cartilha: https://www.inca.gov.br/publicacoes/cartilhas/cancer-de-mama-vamos-falar-sobre-isso
Fontes:
Site do Instituto Nacional de Câncer (INCA)
Site do Ministério da Saúde
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