A Escola da Magistratura do Amazonas (Esmam), com o intuito de aumentar o alcance do projeto “Esmam nas Escolas”, leva a iniciativa para os adolescentes das regiões do interior do Estado.
Na manhã desta última sexta-feira, 9 de agosto, a Esmam realizou mais uma edição do projeto “Esmam nas Escolas”, na Escola Municipal de Tempo Integral Noemi dos Santos Pereira, no município de Iranduba (a 19,87 quilômetros de Manaus), onde promoveu a palestra “Violência de gênero”, proferida pela juíza Larissa Padilha Roriz Penna, titular da 1ª Vara da Comarca de Iranduba.
O projeto já foi realizado nos municípios de Coari, Maués e Rio Preto da Eva e possui cronograma definido para ocorrer em vários municípios, incluindo Itacoatiara, Manacapuru e Parintins.
De acordo com a magistrada: “me sinto muito orgulhosa de participar do projeto ‘Esmam nas escolas’ e de abordar o eixo temático sobre violência de gênero, principalmente sabendo da realidade do município, pois infelizmente muitas famílias estão envolvidas com a criminalidade. Hoje eu sou titular da comarca de Iranduba, que tem competência criminal e de família. Mediante a isso, pude perceber que há uma necessidade de debater sobre a temática de violência doméstica e de gênero, explicando o funcionamento da Lei Maria da Penha, como procurar ajuda em casos de violência e as diferentes formas de violência”.
“Infelizmente, muitas famílias estão direta ou indiretamente afetadas pela criminalidade, e é crucial que o juiz esteja presente nas escolas. Vale ressaltar que a parceria com a Escola da Magistratura é fundamental para alertar sobre essa temática e poder oferecer um passo a passo de como enfrentar a violência de gênero e doméstica”, finalizou Penna.
O presidente do Conselho do Fundeb, Charles Moreira, relatou: “É um enorme prazer receber a Escola Superior da Magistratura do Amazonas no nosso município. Como responsável por fazer a ponte entre as instituições da Secretaria de Educação, a Promotoria, o Legislativo e o Judiciário, vejo a grande importância dessa iniciativa do poder judiciário. Ela oferece à sociedade a oportunidade de se informar, especialmente em temas como violência de gênero. Aproximar o poder judiciário da sociedade, especialmente das crianças e adolescentes, que são os mais vulneráveis a esse tipo de violência, é essencial. Então é importante que eles conheçam suas prerrogativas, seus direitos e saibam onde podem buscar auxílio. Por isso, esse vínculo entre a Secretaria de Educação e o Poder Judiciário é de extrema importância”.
Nilma Cavalcante, gestora da Escola Municipal de Tempo Integral Noemi dos Santos Pereira, enfatizou a expectativa gerada com o evento. “É uma honra ter essa equipe aqui, nós precisamos muito dessas visitas, principalmente por estarmos localizados em um bairro vulnerável. A escola trabalha com adolescentes, são 310 alunos que precisam de informações sobre temas como a violência de gênero, e é uma felicidade enorme termos essa equipe maravilhosa trazendo esse conhecimento para nós. A violência de gênero é um tema extremamente importante e necessário a ser debatido. Como estamos sempre em contato com esses alunos, sabemos que eles precisam e merecem esse tipo de orientação. Nós temos uma escola de qualidade, mas também precisamos do apoio de pessoas como as que nos visitaram hoje, então deixo aqui o meu muito obrigada a todos que aqui estiveram presente”.
O estudante do 9°ano, Diego Souza de Oliveira, de 14 anos, declarou:” A palestra foi muito essencial, a vinda dessa equipe até a nossa escola foi esclarecedora, pois ela pôde nos ensinar e conscientizar sobre violência de gênero e também sobre os nossos direitos e deveres”.
Valeria dos Santos Pereira, de 14 anos, aluna do 9°ano, logo após o término da palestra, nos deu seu depoimento: “O evento de hoje foi importante, pois me ajudou a entender melhor sobre violência de gênero e as leis que nos protegem, porque eu não tinha muito conhecimento sobre isso. Eu gostei da juíza, pois essa aula que ela realizou nos deu a oportunidade de falar e também deu esperança àqueles que estavam passando por problemas, então, fico feliz em ter participado.”
Sabrina Fernandes com supervisão e edição de Ramiro Neto
Fotos: Arquivo/Esmam
Revisão gramatical: Eliza Maria Luchini
Ramiro Neto
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